Seis pessoas morrem abalroadas por carro a alta velocidade na Bélgica

As celebrações do carnaval em Strépy-Bracquegnies regressaram este ano, após dois anos interrompidas devido à pandemia, e ficaram ensombradas pela tragédia.
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Seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após um carro a alta velocidade ter abalroado a multidão que festejava o carnaval nas ruas de Strépy-Bracquegnies, na Bélgica, anunciou este domingo o autarca local.

"O carro apareceu a alta velocidade. E temos algumas dezenas de feridos e, infelizmente, várias pessoas morreram", disse o autarca Jacques Gobert à rádio RTBF.

As celebrações em Strépy-Bracquegnies, a cerca de 50 quilómetros a sul de Bruxelas, foram retomadas, após dois anos canceladas devido à pandemia de covid-19.

De acordo com a imprensa, o acidente pode ter sido causado por um carro que estava a ser perseguido pela polícia.

As autoridades informaram que o acidente ocorreu por volta das 5.00 em Strepy-Bracquegnies, uma vila que faz parte da cidade industrial de La Louvière, e fez seis vítimas mortais e feriu gravemente 26 pessoas.

Um comunicado do gabinete do presidente da câmara adianta que um grupo de 100 pessoas tinha acabado de sair do salão Omnisports para ir até ao centro da vila quando o veículo abalroou a multidão.

"O que era suposto ser uma festa de convívio transformou-se num drama. Estamos a acompanhar a situação de perto", afirmou na rede social 'Twitter' a ministra do Interior, Annelies Verlinden.

Na mensagem, a ministra expressa as "sinceras condolências às famílias e amigos daqueles que morreram e ficaram feridos no incidente em Strépy".

O Ministério Público belga descartou, por enquanto, a possibilidade de se tratar de um atentado terrorista o acidente com um carro.

Em conferência de imprensa em La Louvière, o procurador-adjunto do rei de Mons Damien Verheyen, citado pela agência AFP, afirmou que, por enquanto, está descartada a hipótese de atentado terrorista e negou que o carro estivesse a ser perseguido pela polícia, como foi noticiado pela imprensa.

Segundo o Ministério Público, até ao momento não há elementos para suspeitar de um motivo terrorista. "No estado atual da investigação, sabemos que um veículo atropelou um grupo (...) e lamentamos seis mortes, 26 feridos", incluindo "dez pessoas cujas vidas estão atualmente em perigo", declarou Damien Verheyen.

Segundo o procurador-adjunto, o carro era ocupado por duas pessoas de La Louvière, nascidas em 1988 e 1990, que foram detidas.

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, já lamentou na rede social Twitter o acidente: "Notícias horríveis desde Strépy-Bracquegnies".

"Uma comunidade que se estava a juntar para festejar foi atingida no coração", disse, acrescentando: "Todos meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos. Todo o meu apoio vai também para os serviços de emergência para a sua ajuda e assistência".

Alexander De Croo deveria visitar hoje o local, durante o dia, acompanhado pelo rei Filipe, de acordo com o Gabinete do primeiro-ministro.

Em comunicado do gabinete do presidente da câmara adianta que um grupo de 100 pessoas tinha acabado de sair do salão Omnisports para ir até ao centro da vila quando o veículo abalroou a multidão.

"O que era suposto ser uma festa de convívio transformou-se num drama. Estamos a acompanhar a situação de perto", afirmou na rede social 'Twitter' a ministra do Interior, Annelies Verlinden.

Na Bélgica, cidades e vilas organizam muitos desfiles de rua para o Carnaval, o mais conhecido em Binche e Aalst.

Tal como o de Binche, o carnaval de Strépy-Bracquegnies recebe os participantes mascarados, os "Gilles", convocados cedo para participar no desfile.

As celebrações em Strépy-Bracquegnies, a cerca de 50 quilómetros a sul de Bruxelas, foram retomadas, após dois anos canceladas devido à pandemia de covid-19.

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