Bebida quer duplicar volume de negócios em Portugal até 2020

A Coca-Cola quer duplicar o volume de negócios em Portugal até 2020, seguindo os objectivos globais da marca, apesar da estagnação que a crise provocou no mercado ibérico, disse à agência Lusa o director de relações externas da bebida.
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A propósito do 125.º aniversário da marca, que se comemora hoje em todo o mundo, o presidente da Coca-Cola, Muhtar Kent, disse aos jornalistas, em Atlanta, nos EUA, que "a visão da companhia até 2020 consiste em mais que duplicar o volume de negócios, criar o portfolio de bebidas mais valioso do mundo [de momento a marca tem mais de 3.500 bebidas e 15 delas valem mais de mil milhões de euros] e fortalecer a marca Coca-Cola".

Em Portugal, "duplicar o volume de negócios ate 2020 é um objectivo completamente replicável", disse à Lusa o director de relações externas da Coca-Cola em território nacional, Tiago Lima.

"Temos vindo a ter objectivos de crescimento na ordem dos cinco por cento, não temos conseguimos porque o mercado está estagnado devido à crise. Mas se conseguirmos recuperar cinco ou a dez por cento de crescimento por ano podemos conseguir os objetivos em 2020", afirmou.

Segundo Tiago Lima, o mercado português ainda tem "espaço para crescimento" uma vez que cada português, em média, consome 20 litros de Coca-Cola por ano, entre as diferentes variações da marca.

Já em Espanha, que também foi afectada pela crise e vê o seu mercado estagnado desde o ano passado, o consumo anual por pessoa ronda os 60 litros. No entanto, o responsável da marca em Portugal, admite que é um "objectivo difícil", principalmente pela situação económica que se vive em Portugal.

Questionado sobre os efeitos que plano de ajuda externa negociado com a "troika" podem ter na marca, Tiago Lima admitiu a redução no "poder de compra dos consumidores".

O responsável disse que o aumento do IVA (imposto sobre o valor acrescentado) de seis para 23 por cento "é uma situação que ainda não está definida" e que a "Coca-Cola vai colaborar com as entidades para discutir essa questão e para não haver agravamento desse imposto".

Tiago Lima lembrou que noutras situações de crise a marca continuou a investir e vai ser isso que vai continuar a acontecer: "Não vamos levantar o pé e vamos estar muito atentos a novas oportunidades que o mercado nos dá, quer através de novos canais de comunicação, sem esquecer o fator preço que pode ser uma variável importante", disse.

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