O dia. De Manchester a Zurique com ligação constante à Madeira via telemóvel.Ferguson não o deixou dormir em Zurique e teve de sair a correr para regressar .O dia em que Cristiano Ronaldo cumpriu o sonho de menino - ser o melhor jogador do mundo - começou como tantos outros, por volta das 08.00 da manhã, duas horas antes do início do treino do Manchester United (10.00). Depois viajou para a Suíça, num jacto privado. Chegou nervoso, mas confiante e almoçou no quarto do hotel com o empresário Jorge Mendes, o amigo Zé e o fotógrafo da Gestifute Jorge Monteiro....Por volta das 15.00 deu uma entrevista à FIFA (obrigatória para os nomeados), e minutos depois marcou presença na conferência de imprensa com Kaká, Messi, Torres e Xavi na casa da ópera. .Terminada a maratona de perguntas, o português "foi descansar um pouquinho", vestir o smoking (com gravata de nó fino, como manda a moda este Inverno) e atravessar a longa passadeira vermelha - deu uns autógrafos no caminho por entre gritos de apoio dos emigrantes portugueses - até entrar na casa da ópera em Zurique para a consagração. .A ligação à Madeira e à família teve de ser via telemóvel. A FIFA limitou os lugares na cerimónia e por isso a família, como não podiam ir todos, decidiu reunir-se na terra natal do prodígio do United. A mãe, as irmãs e o irmão (e outros familiares e amigos) fizeram a festa. Quase tão ansiosos quanto o próprio, esperavam o anúncio."Podem lançar os fogos", disse Ronaldo para Dona Dolores, depois de Pelé ter anunciado o melhor jogador do mundo 2008: Cristiano Ronaldo. .Às 08.04 o português teve de sair a correr do momento mais importante da sua vida, para apanhar o avião e retornar a Manchester. Ferguson não o deixou ficar a dormir em Zurique. É que hoje há treino (10.00) e amanhã há "jogo importante", disse. E não há jantar de comemoração? "O jantar é no avião e a festa fica para depois." E despediu-se distribuindo autógrafos aos emigrantes (centenas) que o foram apoiar "no momento mais feliz" da sua vida. com L.B., E.S. e NUNO LUZ em serviço especial para o DN em Zurique