Artur Jorge: "Seria fantástico terminar a minha primeira época na I Liga com um troféu"

Sp. Braga joga final da Taça de Portugal, com o FC Porto, no domingo, no Estádio Nacional (17.15, RTP1).
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"Não nos resta outro caminho do que fechar a época da melhor forma possível". Dito assim niguém duvida da crença de Artur Jorge na conquista da Taça de Portugal, cuja 83.ª edição se joga domingo, no Estádio Nacional (17.15, RTP1). O que a acontecer será histórico por consumar a melhor época em 102 anos de Sp. Braga, que terminou a I Liga em 3.º lugar. Mas, para o técnico dos guerreiros do Minho, para ser o 4.º grande do futebol português é preciso "ganhar mais".

"Temos uma história que há uns anos nos catapultou para os lugares de cima, de forma a poder ter um símbolo de qualidade e é isso que temos de continuar a fazer. A conquista do troféu vai valorizar o clube, mas a não conquista não nos retira nada. Temos de ter paciência e um caminho longo pela frente, sempre com ambição mas fiéis à determinação que mostrámos esta época, com futebol atrativo. Batemos todos os recordes na história do Sp. Braga na Liga e é nesse caminho que queremos continuar", disse o treinador na antevisão do duelo com o FC Porto, reconhecendo que a final "é especial para todos".

E ele não é exceção. Já foi ao Jamor como adeptos, como jogador e agora vai como treinador. A família alugou um autocarro para ir ao Jamor assitir à final. E há razões desportivas e emocionais que o justificam: "É o primeiro título que posso conquistar. Seria fantástico terminar a minha primeira época na I Liga com um troféu. (...) A equipa está com ambição alta, estamos confiantes e preparados para lutar pelo troféu e vencer."

Artur Jorge não se quis alongar nas memórias sobre essa final de 1998, em que enfrentou Sérgio Conceição e perdeu (ver texto ao lado), mas assumiu que pode "entrar mais nervoso" apesar de, nessa altura, ter entrado como capitão:"Há 25 anos, a distância entre Sp. Braga e FC Porto era bem maior e, mais uma vez, foi uma final intensa e com maior favoritismo no FC Porto, que era a melhor equipa. Na minha altura, foi um jogo histórico e simbólico para nós enquanto jogadores e para mim enquanto capitão do Sp. Braga."

Esse favoritismo do adversário mantém-se? "Temos iguais condições de ganhar e em capacidade de equipa não me parece que haja distancia para criar favoritismo", respondeu o treinador, garantindo que a equipa está preparada para tudo, seja jogar 90, 120 minutos ou ir ao desempate por grandes penalidades.

A missão será dificultada pela ausência de Sequeira, mas Borja e Tormena treinaram ontem integrados e estão aptos. Assim como Ricardo Horta. Será ele, como capitão, a subir à tribuna do Estádio Nacional para receber a Taça de Portugal, caso a equipa bata o detentor do troféu."Vamos ter um jogo complicado, com um FC Porto muito forte, mas claro que imagino [levantar a taça]", respondeu o jogador minhoto, confessando ser "um privilegiado por já ter ganho uma taça pelo Sp. Braga". Mas hoje quer fazê-lo no Jamor, uma vez que em 2021, a final realizou-se em Coimbra e seM público devido à pandemia da covid-19.

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