"Aprendi valiosas lições", diz nadador que inventou assalto no Brasil
Era só o que faltava para pôr um ponto final na história. Ryan Lochte, um dos quatro nadadores norte-americanos que inventou que fora vítima de um assalto quando na verdade foi protagonista de um ato de vandalismo numa bomba de gasolina no Rio de Janeiro. O atleta diz que aprendeu a lição e que o episódio (aquele que de facto sucedeu) foi traumático.
"Quero pedir desculpa pelo meu comportamento na última semana - por não ter sido mais cuidadoso e sincero na forma como descrevi os eventos daquela madrugada e pelo meu papel em retirar o enfoque sobre os muitos atletas que cumprem o sonho de participar nas olimpíadas", começa o comunicado de Ryan Lochte, publicado no Instagram.
O nadador explica que esperou que a situação estivesse esclarecida e os três colegas envolvidos - Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen - já em território norte-americano, para falar sobre o caso, depois de ter dado entrevistas em que descrevia o assalto, dizendo que homens disfarçados de polícias os haviam ameaçado, tendo roubado dinheiro.
Afinal, conforme apurou a polícia brasileira, os atletas não foram assaltados, mas sim protagonistas de um ato de vandalismo numa bomba de gasolina, tendo sido advertidos pelos seguranças da mesma, armados, para que pagassem os estragos.
"É traumático sair com os teus amigos num país estrangeiro - com uma barreira linguística - e ter um estranho a apontar-te uma arma e a pedir-te dinheiro para te deixarem ir", diz, admitindo que, apesar disso, deveria "ter sido muito mais responsável."Por isso peço desculpa aos meus colegas, fãs, adversários, patrocinadores e anfitriões deste grande evento".
Lochte diz que "a situação poderia ter sido evitada". "Aceito a responsabilidade do meu papel no que aconteceu e aprendi valiosas lições", rematou.
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Também hoje, o comité Olímpico norte-americano tinha pedido desculpa pela situação e esclarecido que James Feigen chegou a acordo com as autoridades e iria pagar uma multa de 35 mil reais (9500 euros) para sair do país. Essa verba será doada a uma instituição de solidariedade.