Alegre com desvio de cerca de 600 mil euros nas contas
De acordo com as contas da campanha eleitoral relativas à eleição para Presidente da República de 23 de Janeiro de 2011, divulgadas pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, a candidatura de Manuel Alegre tinha previsto receitas de 1,9 milhões de euros, mas ficou-se por apenas cerca de 1,3 milhões de euros. A diferença reside sobretudo na estimativa em excesso da subvenção estatal (836 mil realmente arrecadados, contra 1,35 milhões previstos) e das transferências dos partidos que apoiavam a candidatura - entraram apenas 310 mil euros contra os 500 mil estimados.
Aníbal Cavaco Silva, pelo contrário, declarou gastos de campanha inferiores aos que tinha inicialmente orçamentado: 1,79 milhões de euros, menos cerca de 328 mil euros do que os 2,12 milhões inicialmente estimados. O candidato Fernando Nobre, por seu turno, gastou com a campanha presidencial a totalidade das receitas que arrecadou - cerca de 842 mil euros -, a maior parte das quais serviram para pagar a "concepção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado" e "custos administrativos e operacionais".
Valor idêntico foi declarado como gasto e angariado por Francisco Lopes, candidato apoiado por PCP e Os Verdes, que inscreveu nas suas contas de campanha 800 mil euros de receitas, que foram integralmente gastas durante a corrida eleitoral em áreas como "Publicidade, comunicação impressa e digital", "Estruturas, cartazes e telas" ou "Comícios, espectáculos e caravanas". Defensor Moura apresentou também como gastos com a campanha presidencial os mesmos 250 mil euros que declarou como receitas, de acordo com as contas divulgadas pela Entidade das Contas. Mais sóbrio nos gastos de campanha, o candidato José Manuel Coelho - apoiado pelo PND - despendeu com a corrida a Belém 90 mil euros.