A inevitável falência de Christian Lacroix
A última edição do The Economist dedica um artigo à falência recente de uma das mais famosas casas de moda francesa: a Christian Lacroix.
Hoje sabe-se que a Lacroix perdia dinheiro ano após ano desde a sua fundação em 1987 no âmbito do aglomerado de marcas de luxo LVMH ( Louis Vuitton Moët Hennessy).
Segundo o The Economist, o objectivo de Lacroix era criar uma grande casa de alta- costura que também vendesse perfumes e acessórios, só que Lacroix nunca conseguiu lançar um perfume ou uma carteira com sucesso internacional, o que hoje é uma pedra basilar nos negócios da moda que não se sustentam apenas com o exíguo número de clientes de roupa de alta -costura (duas mil em todo o mundo). No último ano, graças à recessão a marca francesa perdeu mais de 10 milhões de euros.
A crise financeira internacional está a apanhar vários gigantes da moda. A mais importante marca de marroquinaria - a Louis Vuitton - desistiu recentemente de abrir uma nova loja em Tóquio, enquanto a Chanel despediu dois mil empregados. A Versace perdeu 13% de mercado, só no primeiro trimestre deste ano.
A empresa italiana fundada por Gianni Versace (assassinado em Miami, em 1997) aprovou um plano de contenção para os próximos três anos e segundo o New York Times deverá despedir o seu administrador executivo Giancarlo di Risio.