A Barraca prolonga cartaz de "Claraboia"

O espetáculo, baseado no livro de José Saramago, vai manter-se em cena em Lisboa.
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A peça "Claraboia", baseada na obra homónima de José Saramago, com encenação de Maria do Céu da Guerra, prolonga-se em cartaz no Cinearte, em Lisboa, até domingo, anunciou a companhia A Barraca.

"A pedido do público, e como um presente pelos nossos 40 anos de existência, decidimos prolongar a peça em cartaz", disse à Lusa fonte d'A Bararca, que festeja 40 anos.

Desde a estreia, a 10 de dezembro do ano passado, já assistiram à peça "cerca de 5.000 pessoas", segundo a mesma fonte.

A adaptação do texto do romance de José Saramago é de João Paulo Guerra, e a encenação e dramaturgia, de Maria do Céu Guerra, uma das fundadoras d'A Barraca, que faz também parte do elenco.

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Hélder Costa, outro dos fundadores d'A Barraca, Adérito Lopes, Carolina Parreira, Carlos Sebastião, Fernando Belo, Guilherme Lopes, Henrique Abrantes, João Maria Pinto, Lucinda Loureiro, Paula Bárcia, Paula Guedes, Paula Sousa, Rita Lello, Rita Soares, Rúben Garcia, Sérgio Moras, Sónia Barradas e Teresa Sampayo são outros nomes no elenco.

Em comunicado, Maria do Céu Guerra assinala que A Barraca, que teve o seu primeiro espaço na rua Alexandre Herculano, junto ao largo do Rato, em Lisboa, "tem no seu historial inúmeras obras de ficção transformadas em escrita dramática, a partir das quais se produziram inesquecíveis espetáculos".

"É, aliás, esta uma das principais vocações" da companhia, sublinha Maria Céu Guerra.

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Tendo já levado à cena versões dramáticas de "Viagens de Gulliver", de Jonathan Swift, "O Diabinho da mão furada", de António José da Silva, "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto, "A Relíquia", de Eça de Queiroz, ou "Gente da terceira classe", de José Rodrigues Miguéis, a encenadora e atriz afirma que a adaptação de "A Claraboia" constituiu para A Barraca "um desafio enorme".

"São dezassete personagens distribuídas por seis apartamentos, num bairro de gente 'remediada', na Lisboa dos anos 1950". "As suas necessidades, aspirações, quezílias, transgressões, mentiras são a principal matéria/desafio para um grande espetáculo de teatro a acontecer", diz Maria do Céu Guerra.

Toda a trama dramática decorre "num espaço onde a ausência de amor é a parede mestra de cada casa, e onde o fascismo à portuguesa é vivido até ao mínimo pormenor, com a polícia à espreita dentro de cada um", acrescenta.

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