865 novos casos de covid-19 e oito mortes nas últimas 24 horas

O boletim epidemiológico da DGS revela que estão 288 pessoas internadas com covid-19, mais duas que no dia anterior. Mantêm-se 58 doentes nos cuidados intensivos.
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Portugal confirmou, em 24 horas, 865 novos casos de covid-19 e oito mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quinta-feira (21 de outubro).

Nos hospitais portugueses, há agora 288 pessoas internadas com a doença (mais duas que ena quarta-feira), dos quais 58 estão em unidades de cuidados intensivos, um número que não conheceu variação.

Dos oito óbitos declarados em Portugal, três foram na região Centro, onde foram detetados 152 novos casos. Lisboa e Vale do Tejo registou duas vítimas mortais, contabilizando um total de 334 novas infeções. Norte (224 novos casos), Alentejo (35) e Algarve (65) contabilizaram um morto cada devido à covid-19. Sem óbitos, Madeira e os Açores contabilizaram 22 e 33 novas infeções, respetivamente.​​​​​​

Dados atualizados da pandemia em Portugal, numa altura em que uma nova vaga de covid-19 está a ganhar terreno em toda a Europa, atingindo sobretudo os países com taxas de vacinação baixas, mas também os jovens, e obrigando os governos a reimpor restrições.

A situação é sentida com mais impacto no centro e leste europeu, onde os níveis de vacinação seguem o cenário russo e se mantêm baixos. Ucrânia, Letónia, Roménia, Bulgária, República Checa, Polónia, Sérvia e Croácia são os países onde o aumento das infeções está a pressionar mais os sistemas de saúde e a alarmar o resto da Europa.

Foi, entretanto, detetado em Israel um primeiro caso da nova variante ​​​​​​​AY4.2 do coronavírus da covid-19, subvariante da variante Delta, já identificada em vários países europeus, incluindo Portugal e Reino Unido.

Segundo o Ministério da Saúde israelita, o primeiro caso está associado a uma criança de 11 anos proveniente da Europa, que está sob quarentena, e foi detetado no Aeroporto Internacional Ben Gurion de Telavive.

O investigador do Instituto Nacional de Saúde (INSA) João Paulo Gomes afirmou esta quinta-feira que a nova sublinhagem da variante Delta do vírus SARS-CoV-2 não tem tendência crescente em Portugal nem há provas de que afete a eficácia das vacinas.

"Não existe ainda qualquer evidência científica que sugira que esta sublinhagem da Delta seja mais transmissível ou coloque sequer em perigo a eficácia das vacinas. De facto, nas últimas semanas têm surgido vários exemplos da emergência de novas combinações de mutações, mas que acabam por não ter impacto epidemiológico", segundo o investigador do INSA, em declarações à Lusa.

Em Portugal não são ainda mais do que 10 casos da nova sublinhagem AY.4.2, espalhados nas últimas semanas, e alguns deles têm ligação ao Reino Unido, onde apresenta alguma relevância epidemiológica.

Também esta quinta-feira ficou a saber-se que a decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) sobre a administração da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech em crianças entre os 5 e os 11 anos apenas deve ser conhecida no final do ano.

"A proposta assenta numa dose três vezes mais baixa do que a dose aprovada para adultos. O calendário proposto para esta administração é de manter as duas doses separadas por pelo menos três semanas. A nossa recomendação é esperada dentro de dois meses, mas informação ou análise suplementar poderá ser necessária", afirmou o responsável da instituição para a Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas, Marco Cavaleri

O prazo para o anúncio de uma recomendação sobre esta vacina (Comirnaty) surgiu numa conferência de imprensa em Amesterdão, nos Países Baixos, apenas três dias depois de a EMA ter revelado o arranque do processo de avaliação da administração da vacina neste grupo etário. Até agora, a utilização da vacina da Pfizer/BioNTech está somente autorizada para pessoas com pelo menos 12 anos de idade.

Ainda no que se refere à evolução da pandemia, o balanço da agência AFP desta quinta-feira indica que a covid-19 matou pelo menos 4 919 395 pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019.

No total, 241 957 600 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 731 265 mortes para 45 219 067 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil com 604 228 mortes e 21 680 488 casos, a Índia com 452 811 mortes (34 127 450 casos), o México com 285 347 mortes (3 767 758 casos) e a Rússia com 227 389 mortos (8 131 164 casos).

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