1. Ver Atlantic Crossing/ A travessia Série Domingo, 23 de janeiro.O tempo frio, especialmente as noites, convidam a ficar enroscado no sofá. Depois dos afazeres do dia-a-dia, um dos programas que gosto de fazer é assistir a séries na televisão. Uma das minhas recomendações é Atlantic Crossing, uma minissérie norueguesa de drama histórico criada por Alexander Eik. A trama, em português designada A Travessia, tem por base acontecimentos reais do período da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente a invasão da Noruega, a fuga dos seus monarcas e a relação entre Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos da América, e a princesa Märtha da Noruega. A Travessia venceu o Emmy Internacional 2021 de "Melhor Telefilme ou Minissérie", um reconhecimento justo dado os sentimentos que consegue despertar nos telespetadores apesar do elenco sem grandes estrelas de Hollywood. A série de oito episódios tem como protagonistas Sofia Helin como Martha da Noruega, Tobias Santelmann como Olavo V da Noruega, Kyle MacLachlan como presidente Franklin Roosevelt, e Harriet Sansom Harris como Eleanor Roosevelt..2.Ler Paulina Chiziane Niketche, Uma História de Poligamia Ed. Caminho Segunda-feira, 24 de janeiro.As minhas raízes estão em Moçambique e sou um apaixonado pela leitura. Um dos livros que estou atualmente a ler reúne estes dois mundos: Niketche, Uma História de Poligamia, da autoria da escritora moçambicana Paulina Chiziane. Numa altura em que se discute o feminismo, o livro passa a mensagem da importância de as mulheres serem mais amigas e solidárias, valorizando-se e tendo um papel ativo na sociedade. Através da história de Rami, casada há 20 anos dom o alto funcionário da polícia Tony, Paula Chiziane levanta questões sentimentais e sociais como monogamia versus poligamia. Aliás, a trama reside na descoberta por Rami de que partilha o seu marido com várias mulheres, partindo ela à descoberta de conhecer cada uma delas. Publicado em 2002, Niketche, Uma História de Poligamia ganhou o primeiro Prémio José Craveirinha de Literatura, instituído pela AEMO (Associação de Escritores Moçambicanos) em 2003, numa edição que distinguiu também Mia Couto. Sobre Niketche , o título do livro, é de realçar que se trata de uma dança tradicional praticada no norte de Moçambique, carregada de amor e erotismo..3. Cozinhar Fazer bolachas de aveia em casa Contar histórias às crianças Terça-feira, 25 de janeiro. Com a semana a meio e o cansaço a instalar-se, é altura de fazer algo diferente com as crianças, criando momentos de confraternização em família e que ajudem a desligar dos desafios do dia-a-dia. Para quebrar a rotina e descontrair, uma das minhas sugestões é muito simples: fazer bolachas em casa! Pode optar por umas bolachas saudáveis de aveia ou, se não quiser complicar nem correr riscos com o paladar das crianças, enveredar pelas tradicionais bolachas de manteiga. Passe no supermercado e compre a farinha, bem como açúcar, manteiga e ovos. Pesquise uma receita na internet, reúna toda a família na cozinha e divirtam-se a fazer a massa. Arranje umas formas (por exemplo, de animais) e faça as suas bolachas. Para tornar a diversão ainda maior, compre uns toppings e façam um concurso para a bolacha mais engraçada. Para ajudar a degustar as "obras-primas" da culinária que confecionaram, façam um chá e contem aos vossos filhos histórias engraçadas da vossa infância. Aproveitem para falar das coisas boas do dia e façam planos para a próxima aventura na cozinha..4. Correr Na cidade Entre a Belém e a Expo Quarta-feira, 26 de janeiro. Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. O provérbio popular nunca perde atualidade e nada tem a perder em tentar pô-lo em prática. Por isso, arrisque em acordar cedo e ver o nascer do Sol. É sempre uma experiência revigorante sentir a energia que nos traz a luz e ver começar o burburinho da cidade. Mas porque é sempre bom juntar coisas de que se gosta, nada como vestir uns calções da Compressport, calçar as sapatilhas da Scarpa e fazer uma corrida para o ver o Sol nascer. Se estiver por Lisboa, sugiro uma corrida junto ao rio Tejo, num percurso entre Belém e a Expo. Os primeiros raios de sol sobre o mar da Palha são uma oportunidade também para tirar umas fotografias, seja com a máquina ou apenas com a sua mente. Se estiver pelo Porto, pode optar por explorar os passadiços e a marginal entre Gaia e Espinho, que proporcionam sempre paisagens espetaculares, seja ao nascer ou ao pôr do Sol..5. Teatro Monólogos da Vagina Teatro Politeama, Lisboa Quinta-feira, 27 de janeiro. A pandemia veio limitar a atividade de artistas, com muitos a enfrentar dificuldades económicas e sociais. Com a abertura das salas de espetáculos, e desde que em segurança, não deixe de ir ver um filme, um concerto ou uma peça de teatro. Para ajudar a levantar a moral e proporcionar bons momentos, com muitas gargalhadas à mistura, sugiro a peça de teatro Monólogos da Vagina. Nesta semana começa a última temporada em Lisboa, pelo que é uma oportunidade a não perder para quem está na capital. Os Monólogos da Vagina são compostos por vários pequenos sketches sobre a experiência feminina. Entre os temas abordados estão sexo, prostituição, imagem corporal, amor, estupro, menstruação, mutilação genital feminina, masturbação, nascimento, orgasmo, os vários nomes comuns para a vagina ou simplesmente como uma parte física do corpo feminino. Como diz a sinopse da peça, um "tema recorrente em toda a peça é a vagina como uma ferramenta de capacitação feminina e a personificação máxima da individualidade". O atual elenco é composto por Teresa Guilherme, Marta Andrino e Sofia Portugal. Caso não esteja em Lisboa e queira ver a visão masculina, pode ver os Monólogos do Pénis, que andam em digressão pelo país com Ricardo Castro e Ricardo Carriço..6. Correr Nos trilhos Em Monsanto, Lisboa ou nas serras do Porto. Sexta-feira, 28 de janeiro. Correr nos trilhos é uma das minhas paixões. O contacto com a natureza e o dinamismo dos trilhos criam uma mistura única que ativa todos os sentidos. Se quiser experienciar estas sensações, nada como experimentar, seja a correr ou a andar. Em Lisboa pode aventurar-se por Monsanto, um tesouro no coração da cidade que esconde belezas naturais únicas. A sua rede de trilhos é hoje bastante grande, podendo percorrer quilómetros e quilómetros e conhecer a fauna e a flora deste parque que foi plantado nas décadas de 30 e 40 do século passado. O principal pulmão da cidade tem uma área de mil hectares, ou seja, ocupa cerca de 10% do concelho de Lisboa. Passe pelo anfiteatro Keil do Amaral para ter uma vista sobre a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei. Se for ao final do dia, aproveite para ver o pôr-do-sol no oceano Atlântico. Caso tenha mais tempo e queira fazer um passeio de dia inteiro, pode ir a Sintra, aproveitando para ver o pôr-do-sol desde a Pedra Amarela ou o Santuário da Peninha. No Grande Porto faço o mesmo programa nas serras do Porto. Aproveite os percursos marcados.7. Brincar Parque do Alto da Serafina e Parque do Alto da Serafina, Lisboa Sábado, 29 de janeiro. Todos os dias são dias de família. Mas o domingo é dia de aproveitar o ar livre para brincar com as crianças. Em Lisboa existem múltiplos parques infantis, mas há dois que fazem as delícias das crianças lá de casa: o Parque do Alvito e o Parque do Alto da Serafina. O Parque Infantil do Alvito foi remodelado e tem inúmeros espaços para brincadeira, como os baloiços, a caravela ou o comboio de madeira. Tem também equipamentos recreativos, polidesportivos, uma esplanada e um centro cultural. O parque está localizado na Estrada do Alvito, na zona sul do Parque Florestal de Monsanto. Outra alternativa é o Parque Recreativo do Alto da Serafina, que além dos tradicionais baloiços e demais equipamentos inclui uma zona de "escola de condução", onde as crianças podem contactar com a sinalização num ambiente controlado. O parque também tem um miradouro que permite uma vista diferente sobre a cidade de Lisboa. filipe.gil@dn.pt