Mato Seco vence Grande Prémio Longa Metragem no IndieLisboa
O mesmo filme recebeu também o Prémio Allianz para Melhor Longa Metragem Portuguesa, segundo o palmarés desta 19.ª edição, que esteve a decorrer desde 28 de abril no cinema São Jorge, na Culturgest, na Cinemateca Portuguesa e no Cinema Ideal.
O júri da Competição Internacional premiou ainda Medusa, de Anita Rocha da Silveira, com o Prémio Especial do Júri Canais TVCine, enquanto o Prémio Melhor Realização para Longa Metragem Portuguesa NOVA Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) foi para O Trio em Mi Bemol, de Rita Azevedo Gomes.
Nas curtas, o Prémio Dolce Gusto para Melhor Curta-Metragem Portuguesa foi atribuído a Domy + Ailucha, Cenas Kets!, de Ico Costa, enquanto o Grande Prémio de Curta-Metragem EMEL foi entregue a dois filmes: Mistida, de Falcão Nhaga, e The Parent's Room, de Diego Marcon.
Um Caroço de Abacate, de Ary Zara, ficou com o Prémio Novo Talento The Yellow Color, e na música o vencedor do IndieMusic foi Love, Deutschmarks and Death, de Cem Kaya, enquanto o Prémio Silvestre para Melhor Longa Metragem foi atribuído em ex-aequo a Cette Maison, de Miryam Charles, e Nous, Étudiants!, de Rafiki Fariala.
Na secção dedicada aos realizadores mais jovens, Tindergraf, de Júlia Barata, venceu o Prémio Novíssimos Betclic.
O Grande Prémio de Longa Metragem Cidade de Lisboa entregou ainda uma Menção Especial a El Gran Movimiento, de Kiro Russo.
Quanto ao Prémio Melhor Curta de Documentário foi para Urban Solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Minze Tummescheit, e Vinícius Lopes, e o Prémio Melhor Curta de Ficção coube ao filme Escasso, de Gabriela Gaia Meirelles e Clara Anastácia.
Houve ainda uma menção especial do Prémio Melhor Realização para Longa Metragem Portuguesa NOVA FCSH para Périphérique Nord, de Paulo Carneiro, e também no Prémio Novíssimos Betclic houve uma Menção Especial para Mapa, de Lourenço Crespo.
Relativamente ao Prémio Silvestre para Melhor Curta-Metragem foi atribuído a Constant, de Sasha Litvintseva e Beny Wagner, entregando também uma Menção Especial a Churchill, Polar Bear Town, de Annabelle Amoros.
O Prémio Amnistia Internacional foi para Urban Solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Minze Tummescheit e Vinícius Lopes, e o Prémio Árvore da Vida foi arrecadado por A Viagem ao Sol, de Ansgar Schaefer e Susana de Sousa Dias, dando ainda origem a uma menção especial para Águas do Pastaza, de Inês T. Alves.
Já o Prémio do Público - Longa Metragem foi para Cesária Évora, de Ana Sofia Fonseca, e o Prémio do Público - Curta Metragem foi para Um Caroço de Abacate, de Ary Zara, enquanto o Prémio do Público - IndieJúnior foi para Luce e o Rochedo, de Britt Raes.
Este ano, o IndieLisboa contou com cerca de 250 filmes e a mais extensa competição nacional de sempre de longas-metragens, com várias obras já estreadas em festivais estrangeiros.
A retrospetiva deste ano foi dedicada à realizadora norte-americana Doris Wishman, "pioneira da 'sexploitation' feminina no cinema", autora de filmes "audaciosamente eróticos e de caráter protofeminista", que morreu em 2002.
O festival termina este domingo com a ante-estreia nacional do filme A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, e regressará em 2023, de 27 de abril a 7 de maio.