'Verdes' pedem alternativas para pescadores de Cacilhas
Num requerimento entregue na Assembleia da República, o PEV questiona o Governo sobre as razões pelas quais os pescadores não foram ouvidos no processo, nem obtiveram respostas por parte da Baía do Tejo, entidade que tutela a zona do pontão.
De acordo com o requerimento, os pescadores de Cacilhas só souberam que tinham de abandonar o pontão que utilizavam para a descarga do pescado através de cartazes que anunciavam a instalação no local da Sede do Clube Náutico de Almada, em Novembro de 2011.
Com o início das obras, cerca de 40 a 50 pescadores, com um total de 15 embarcações, ficaram impedidos de exercer a atividade piscatória.
No passado dia 2 de junho, os pescadores de Cacilhas, com o apoio Sindicato das Pescas do Sul, organizaram uma 'Tribuna Pública' em que deram um prazo 15 dias para que fosse encontrada uma solução para o problema.
Na altura, o coordenador do sindicato, Jorge Amorim, disse à Lusa que os pescadores consideravam que a zona da Mutela seria uma boa alternativa, mas que não tinham obtido qualquer resposta a um pedido de audiência à Empresa Pública Baía do Tejo.
De acordo com o sindicato, a própria Administração do Porto de Lisboa (APL) já teria mostrado abertura para a instalação de um cais flutuante, melhoramento do acesso viário, e ordenamento com poitas da zona da Mutela, para alojar os pescadores de Cacilhas.
Se dentro de uma semana não lhes for apresentada nenhuma solução alternativa ao pontão da Transtejo, os pescadores de Cacilhas admitem adotar novas formas de luta.
Entre outras possibilidades, os pescadores admitem realizar um desfile de embarcações nas águas do Tejo, o que poderá perturbar as carreiras fluviais entre Cacilhas e o Cais do Sodré.