A polícia argentina deteve sete pessoas com alegadas ligações a um “grupo terrorista islâmico radical” que planeava ataques contra cristãos e judeus, divulgaram as autoridades argentinas..O grupo planeava ataques no estado de Mendoza, no oeste, e foi identificado após ameaçar um jornalista da comunidade judaica, disse a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, na plataforma de redes sociais X na noite de sexta-feira..“Em oito operações, a PFA (Polícia Federal Argentina) desmantelou uma organização perigosa ligada a um grupo terrorista islâmico radical”, acrescentou..“Esta organização utilizou redes (sociais) para espalhar mensagens de ódio, planos de ataque e conteúdos de grupos terroristas como o Estado Islâmico e os Taliban”..A PFA, em comunicado, disse que os membros do grupo espalharam mensagens “anti-cristãs e anti-judaicas” online, “planeando ataques” em Mendoza..As rusgas revelaram armas de fogo, facas e dispositivos eletrónicos, bem como “obras escritas de origem salafista”, referindo-se ao ramo ultraconservador do Islão sunita, acrescenta o comunicado..A Argentina tem a maior comunidade judaica da América Latina, com cerca de 250 mil pessoas..A comunidade foi alvo de dois ataques: um à embaixada israelita em 1992, no qual morreram 29 pessoas, e outro à Associação Mútua Israelita Argentina (AMIA), dois anos depois, que ceifou 85 vidas..O Presidente Javier Milei tem afirmado repetidamente que Israel é um dos principais aliados da Argentina. Em Julho, o seu governo declarou o Hamas, o grupo palestiniano que luta contra Israel em Gaza, como uma organização terrorista..“Vamos livrar-nos de cada um destes criminosos que tentam semear o medo nos argentinos, e eles vão pagar”, disse Bullrich.