Partido Liberal Social foi ao Tribunal Constitucional já com app a funcionar
PAULO SPRANGER

Partido Liberal Social foi ao Tribunal Constitucional já com app a funcionar

Promotores levaram 7800 assinaturas para criar um partido que apele a quem sente falta de preocupação social na IL e de liberalismo no PSD.
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Os promotores do Partido Liberal Social (PLS) entregaram nesta quarta-feira 7800 assinaturas e o projeto de estatutos no Tribunal Constitucional, procurando a inscrição de uma força política que pretende ir a votos nas autárquicas de 2025. Mas ainda antes de estar legalizado, o PLS já tem a funcionar uma app criada para os seus futuros militantes.

“Estão lá todas as pessoas que se inscreveram como membros, divididas em círculos eleitorais, para começarem a trabalhar nesses círculos. Já temos um espaço de academia, onde estamos a preparar conteúdos para capacitar politicamente as pessoas. E temos um ponto de encontro onde falamos uns com os outros”, explica José Cardoso, principal promotor do PLS, admitindo que no futuro seja sucedido acesso a não-filiados.

Para já, os interessados no PLS, que José Cardoso considera, “de uma forma muito simplista”, pretender apelar a quem pretenda “encontrar um PSD mais liberal ou uma Iniciativa Liberal mais social”, tem disponível uma newsletter no seu site.

Sem revelar o número de membros do PLS, que conta ter o processo de inscrição validado pelo Tribunal Constitucional dentro de dois ou três meses, José Cardoso diz que os promotores do partido estão “muito contentes e surpreendidos” com uma resposta “acima do que esperávamos”.

Apesar de o seu promotor ter saído da IL, chegando a candidatar-se à presidência desse partido em janeiro de 2023, na convenção em que Rui Rocha o derrotou a si e a Carla Castro, José Cardoso garante que o PLS espera ter com a IL “a mesma relação que com os outros partidos”. E reafirma que o novo partido não nasceu “para ser alternativa apenas à IL, mas sim a todo o espectro político”.

Ainda assim, enquanto liberais-sociais, como grande parte dos partidos liberais do Norte da Europa, os responsáveis pelo PLS pretendem aderir ao partido europeu ALDE, que já tem a IL entre os seus membros. E já fizeram um “contacto de cortesia” para participarem no congresso, que decorrerá em Lisboa, no início de outubro, com o estatuto de observadores.

“Muito orientados para governar e pouco interessados em lutas minorias”, os membros do PLS querem ir a votos nas próximas eleições autárquicas, em setembro ou outubro de 2025, “apesar de serem as mais difíceis para um partido pequeno”. Quanto à possibilidade de obter mandatos na Assembleia da República, José Cardoso diz que isso dependerá de muita coisa. “Se as legislativas não forem antecipadas a probabilidade é superior, porque nos dá tempo para fazer o nosso trabalho”, defende, embora garanta que “não vivemos com essa ansiedade”.

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