"O mais rápido" possível. Fábio Loureiro já quer a extradição de Marrocos para Portugal
Fábio Loureiro, um dos cinco fugitivos da prisão de Vale de Judeus, aceitou a extradição de Marrocos, onde se encontra detido, para Portugal.
A notícia foi avançada pela SIC Notícias, citando um comunicado da família do fugitivo, que refere ter desistido da oposição ao pedido de extradição após "muito ponderar" com a família e os seus advogados.
"Fábio decidiu (em consciência) desistir dessa demanda em terras de Marrocos e aceitar, de modo irrestrito, ser extraditado o mais rápido que se mostrar viável, para Portugal", refere o comunicado, onde é acrescentado que "dessa pretensão já deu inclusive nota, pelos canais próprios, às Autoridades Judiciárias do Reino de Marrocos, assim como à Embaixada de Portugal em Rabat".
A nota revela ainda que Fábio Loureiro pretende cumprir "o remanescente das suas condenações" e responder "judicialmente pela evasão perpetrada".
Segundo o comunicado, foi pedido à embaixada de Portugal em Marrocos que informe oficialmente o Ministério da Justiça português, de modo a encetarem-se os procedimentos necessários à extradição do Fábio Loureiro para Portugal.
Fábio Loureiro, que está condenado pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão, foi detido em Tânger, Marrocos, precisamente um mês após uma fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus que contou com a ajuda de pessoas externas à prisão e implicou a utilização de uma enorme escada.
A detenção de Fábio Loureiro, também conhecido por Fábio "Cigano", resultou de uma operação desenvolvida pela Polícia Judiciária (PJ) portuguesa em cooperação com as autoridades policiais marroquinas e espanholas, a qual mereceu o elogio da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.
Na altura, recaía sobre Fábio Loureiro um mandado de detenção internacional e o então fugitivo estava na lista dos mais procurados da Interpol.
O grupo de cinco evadidos, com idades entre os 33 e 61 anos, incluía ainda o cidadão português Fernando Ribeiro Ferreira, o georgiano Shergili Farjiani, o argentino Rodolf José Lohrmann e o britânico Mark Cameron Roscaleer.
Os evadidos estavam a cumprir penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes graves, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
*com Lusa