Estudantes junto à escola em Viry-Châtillon, Paris
Estudantes junto à escola em Viry-Châtillon, ParisMIGUEL MEDINA / AFP

Adolescente morreu em França depois de ter sido agredido junto a escola. Cinco detidos, incluindo quatro menores

Esta semana já se tinha registado um ataque violento contra uma estudante de 14 anos, que saiu do coma depois de ter sido espancada por três jovens, já detidos, perto de um estabelecimento de ensino em Montpellier. Macron prometeu ser implacável no combate à violência em contexto escolar.
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Cinco pessoas, incluindo quatro menores, foram esta sexta-feira detidas por suspeita de envolvimento na morte de um adolescente de 15 anos, que foi brutalmente agredido na quinta-feira junto da escola que frequentava em Viry-Châtillon, Paris.

As detenções, anunciadas pela Procuradoria de Evry, surgem num momento em que o país registou outro ataque violento contra uma estudante menor, Samara (14 anos), que saiu do coma depois de ter sido espancada na terça-feira por três jovens, já detidos, perto de um estabelecimento de ensino em Montpellier.

O motivo do homicídio de Shamseddine, cujos colegas o descreveram como alguém popular no estabelecimento de ensino, é desconhecido.

Um dos detidos tem 15 anos, três têm 17 anos e o mais velho tem 20 anos, noticiou a agência Efe.

Perante estes dois episódios de violência em contexto escolar, o presidente de França Emmanuel Macron prometeu ser implacável no combate a este fenómeno.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma escola em Paris, Macron garantiu que os centros educativos "devem continuar a ser um santuário" contra "a violência desinibida" dos adolescentes.

"Cada vez [os agressores] são mais jovens", alertou o chefe de Estado, que apontou algumas causas desta explosão de violência, entre as quais a precariedade familiar, sobretudo a vivida pelas mães que criam sozinhas os filhos.

"Vamos desenvolver um sistema de pré-alerta que servirá para que, quando for identificado um jovem que comece a ser violento, seja proposto às famílias a mudança de escola ou um internato", revelou.

"Perante este crime bárbaro e esta violência, a nossa sociedade não cederá", declarou na rede social X a porta-voz do governo, Prisca Thevenot, garantindo que os responsáveis serão "punidos".

A líder da extrema direita, Marine Le Pen, denunciou uma "devastação que corrói a sociedade". "Quando é que o Governo vai, finalmente, tomar medidas", questionou nas redes sociais.

"Talvez tenhamos que aprender novamente a punir, a ser fortes, a ser firmes", disse à imprensa um emocionado presidente da câmara de Viry-Châtillon, Jean-Marie Vilain, para quem as crianças devem ser ensinadas que, se fizerem algo errado, há consequências.

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