Pornografia infantil na net leva PJ a casa de nove suspeitos
Quarenta investigadores da Polícia Judiciária (PJ) realizaram buscas em várias zonas do país, esta terça-feira, no âmbito de uma operação relacionada com pornografia infantil na internet. Trata-se de mais uma operação internacional, que teve por base uma troca de informações com a Europol.
As buscas às residências de nove suspeitos da prática de crimes de pornografia de menores decorreram na zona da Grande Lisboa, em Aveiro, Algarve, Coimbra e Trás--os-Montes. De acordo com a informação disponível no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, existem indícios de que os suspeitos "guardam em computadores e/ou outros dispositivos de armazenamento de dados, ficheiros contendo imagens de abusos sexuais de crianças, os quais partilham na internet."
Contactado pelo DN, Carlos Cabreiro, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), da Polícia Judiciária, confirmou que há suspeitas de "troca, posse e divulgação de imagens" relacionadas com pornografia infantil na internet.
A operação Daylight, dirigida pelo Ministério Público e executada pela Polícia Judiciária, através da recém-criada UNC3T, contou com informações conseguidas através da Europol. "É uma operação internacional, mas não está a acontecer em simultâneo", explicou ao DN Carlos Cabreiro. No âmbito da mesma, foram efetuadas buscas domiciliárias em diferentes países, mas não ao mesmo tempo, como aconteceu no passado dia 7 de fevereiro, o Dia da Internet Segura.
Nessa data, a Polícia Judiciária levou a cabo buscas na Grande Lisboa e zonas limítrofes, relacionadas com o combate à pornografia infantil e acesso ilegítimo, que resultaram na constituição de dois arguidos e apreensão de material. E enquanto a operação decorria em Portugal, atuavam também as polícias de outros países.
Europol centrada nas vítimas
De acordo com um comunicado publicado esta terça-feira pela Europol, o Centro Europeu da Cibercriminalidade está focado na identificação das crianças vítimas de abusos sexuais. Estas foram localizadas em vários países da União Europeia e fora.
Durante 12 dias, de 28 de janeiro a 10 de fevereiro, 25 especialistas de todo o mundo em identificação de vítimas reuniram-se para analisar milhões de ficheiros, identificar crianças e tentar protegê-las de novos abusos sexuais.