Maria de Belém visitou a feira onde se vende de galinhas a cassetes

Na véspera do sorteio que ditará a ordem nos boletins de voto, a candidata não tem preferência
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A candidata presidencial Maria de Belém Roseira foi este domingo à feira da Brandoa, na Amadora, onde se vende de tudo, desde galinhas vivas a cassetes por cinco euros, e foi reconhecida, sobretudo pelas mulheres, que gostam de "a ver na televisão".

"Aqui vende-se tudo", constata a candidata já a chegar ao "Fumeiro de Lamego", uma banca de queijos e enchidos junto à qual foi cumprimentada por duas senhoras.

A candidata à presidência da República já leva uns vinte minutos de uma feira com as marcas da ruralidade que fazem esquecer a localização, às portas de Lisboa, distribuindo sobretudo desejos de "boas festas e bom ano" e sendo reconhecida por feirantes e clientes, apesar de duas senhoras a confundirem no universo socialista feminino: "Vai ali a Edite Estrela".

"Eu gosto muito de a ver na televisão", diz uma senhora de meia-idade sorridente.

Maria de Belém começa o percurso junto a uma banca de atoalhados - "toalhas a um euro, vamos lá, que isto está difícil, é a crise" -, e não vê a numerosa exposição e venda de galináceos vivos que marca uma outra entrada na feira da Brandoa, onde se pode comprar virtualmente de tudo.

Botas de montanha com uma marca a denunciar a origem de contrafação, casacos a um euro, fatos de treino de criança a cinco, mas também alfaces bebés para plantar e outros componentes para compor uma horta, podem ser adquiridos não muito longe de uma banca de som onde ainda é possível encontrar cassetes.

A candidata recusa estar a fazer um passeio pela economia paralela: "Eu não diria que é uma feira de economia paralela, porque se o fosse teríamos aqui o campo aberto para toda a fiscalização. Digo é que é uma feira tradicional, como há muitos mercados a céu aberto em Portugal, onde as pessoas gostam de vir, é uma tradição muito antiga".

"Vir à feira de manhã, conversar, encontrar gente, andar um bocadinho a pé, é uma atividade de socialização que é absolutamente indispensável, designadamente para as pessoas de mais idade", diz Maria de Belém aos jornalistas.

Na véspera do sorteio que ditará a ordem nos boletins de voto, a candidata não tem preferência.

"Vou deixar isso ao sorteio. Aquilo que eu quero é que as pessoas votem com consciência e sobretudo que votem, porque o direito de voto custou muito sangue, suor e lágrimas. O que eu gostaria muito é que houvesse uma taxa de abstenção menor do que em eleições presidenciais anteriores", deseja Maria de Belém antes de prosseguir a volta pela feira da Brandoa.

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