Novos iPhones 13 prometem um pouco mais de bateria

Última geração dos telefones da Apple é uma evolução das versões anteriores, com avanços tecnológicos que tentam aumentar a autonomia dos aparelhos.
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A Apple apresentou esta terça-feira os seus novos iPhones. Os 13 foram descritos pelo presidente da empresa, Tim Cook, como "os melhores smartphones que alguma vez fizemos", mas a sua maior novidade é a promessa de uma maior autonomia: entre hora e meia e 2,5 horas relativamente aos seus antecessores.

De resto, trata-se de uma evolução natural relativamente ao iPhone 12. Não houve, no evento da Apple que decorreu por streaming a partir da Califórnia, nada de verdadeiramente revolucionário. Nem ocorreu um momento "one more thing", que o histórico Steve Jobs habituara os fãs, em que mostrava um protótipo ou tirava do bolso qualquer coisa como um... iPhone.

Até nas variantes possíveis, o 13 não muda relativamente ao 12: o iPhone continua a ser disponibilizado nas versões "regular", Mini, Pro e Pro Max.

Os preços para Portugal começam 830 euros para o mini, 930 para o normal, 1180 para o 13 Pro e 1280 para o Pro Max.

No exterior, o design não difere muito do 12 -- mais uma vez, a Apple não arrisca a mudar o aspeto do seu produto ponta-de-lança. Simplesmente acrescentaram novas cores -- quatro no 13 e uma nova (Azul Sierra) no Pro.

A performance é melhorada pela utilização do novo processador A15 que, segundo a Apple, é bastante mais eficiente. Também é supostamente muito mais rápido mas, como sempre acontece nestas apresentações, não são dados quaisquer dados concretos, apenas são anunciadas frases como "é 50% mais veloz do que o mais rápido telefone de topo da concorrência" (dito por Hope Giles, diretora tecnológica do iPhone), o que nada significa.

O que será possível medir, pelo menos com o uso, são as referidas melhorias na autonomia: Mais 2,5 horas do que o iPhone 12; mais 1,5 horas do que o iPhone 12 Mini, no caso do iPhone regular; mais 1,5 horas do que o iPhone 12 Pro, mais 2,5 horas do que o iPhone 12 Max, no caso do iPhone Pro.

Isto é conseguido, segundo é revelado, através de uma melhor gestão da ligação ao canais 5G -- quando o telefone não necessita de tanta largura de banda, desliga automaticamente as suas antenas e emissores dessas frequências.

No caso do Pro, existe ainda uma outra nova tecnologia, a que a Apple chamou Pro Motion: O refrescamento do ecrã aumenta ou reduz-se automaticamente consoante a imagem a mostrar o exige. Assim, caso se trate de um vídeo com muito movimento, o display refresca até 120 vezes por segundo (120hz). Já se for uma imagem parada, este valor desce até as 10hz.

Isto permite reduzir o consumo de bateria mas também reduzir a cintilação do ecrã quando se está a ver fotografias.

No 13 mas muito especialmente no Pro a câmara fotográfica continua a ser uma das mais-valias mais anunciadas pela Apple para os seus aparelhos.

Kayenne Drance, diretora de produto do iPhone, garantiu mesmo: a câmara tem "o maior sensor que já colocámos" num telefone, o que permite capturar fotos com menos luz do que até agora não era possível.

Além disso, todos os telefones passam a incluir um Cinematic Mode, que centra o foco automaticamente nos sujeitos a gravar em vídeo de forma a facilitar a criação de vídeos "estilo filme".

Quanto às câmaras dos modelos Pro, de realçar que a evolução aqui introduzida fez com que se incluísse uma lente lente de 77mm para telefoto, zoom ótico 3x, e é anunciada uma melhoria de 92% para fotos em luz reduzida.

Além disso, o sistema "night mode" passa a funcionar para as três lentes (finalmente) e o MACRO é incluído na lente ultrawide.

De resto, os IPhones continuam feitos de alumínio e à prova de água, como os anteriores.

Tudo melhorias expectáveis -- mesmo para quem não tivesse lido os vários rumores entretanto saídos na imprensa especializada -- numa linha de aparelhos que a Apple continua muito reticente a fazer qualquer alteração de fundo.

Além dos telefones, a apresentação desta terça-feira serviu também para mostrar ao mundo o novo Apple Watch e um refrescamento na linha iPad.

O Apple Watch 7 -- que estará "disponível no outono" em Portugal e ainda não tem preço previsto -- passa a ter um ecrã maior (com margens de apenas 1,7mm) o que facilitará naturalmente a escrita de mensagens e a leitura.

O IPad Mini é ligeiramente redesenhado (ecrã de 8,3 polegadas) mas de maior destaque mesmo é o facto de passar a ser compatível com a segunda geração do Apple Pencil e ter agora suporte, na câmara, para o Center Stage -- até aqui só disponível no Pro -- um serviço de motion tracking que segue automaticamente o utilizador durante vídeos ou videochamadas. Preço a partir de 570 euros.

O iPad fica praticamente na mesma. Leva, no entanto, um novo processador A13 que é anunciado ser "30% mais rápido" do que o anterior.

Leia o minuto a minuto da apresentação abaixo:

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