Vítor Gaspar, voltou a defender que Portugal está a reagir à crise mais rapidamente que o esperado e que, como tal o ajustamento dará frutos antes do previsto pela troika. Em entrevista ao Sol, o responsável pelas Finanças rejeita um segundo resgate e adianta que "se precisarmos de apoio adicional ele só virá se tivermos cumprido os nossos compromissos". . O discurso não difere do dos últimos meses. O Governo acredita que o país está a melhorar e que os parceiros estão a receber a mensagem certa: "Só cumprindo o programa ganharemos credibilidade externa". . O ministro das Finanças admite que "o programa foi essencial para evitar a bancarrota em Junho do ano passado", e acrescenta que este memorando de entendimento "foi o programa possível e o programa necessário". . E afirma que "os portugueses estão determinados em garantir o sucesso dos ajustamento". . Em relação aos últimos número da execução orçamental, pouco animadores, o ministro afirma que não devem ser extrapolados, uma vez que reflectem uma série de fatores especiais que implicam uma análise cuidada. "No desenho do programa, a retoma da trajetória de crescimento é essencialmente cíclica", defende acrescentando que a remoção dos obstáculos ao nosso crescimento permitirá criar condições para sustentar um novo patamar de prosperidade". . O ministro volta a rejeitar a ideia de que apenas o Governo se opõe a um segundo plano de resgate e afirma que "existe disponibilidade por parte dos parceiros internacionais para prestarem apoio adicional necessário, se por condições fora do controlo [...] existirem dificuldades no processo de regresso ao mercado".