Mulheres com cargos de liderança mais otimistas que os homens
Um estudo conduzido pelo The Worldcom Public Relations Group, líder mundial de empresas de relações públicas independentes, indica um que as mulheres em cargos de liderança estão mais confiantes na sua capacidade de crise do que os gestores masculinos.
O estudo teve a incidência de um ano, entre outubro de 2019 e setembro de 2020, e analisou mais de 54 mil CEO e CMO de todo o mundo, incluindo Portugal. E a principal conclusão é que as mulheres aumentaram o nível de confiança em 7%, enquanto em relação aos homens notou-se um decréscimo da mesma ordem de grandeza, isto tendo em conta o anterior estudo.
Tendo em conta que este estudo incide sobre vários meses de pandemia, pode concluir-se que as mulheres que ocupam cargos de liderança apresentam-se mais otimistas na capacidade de gestão de crise decorrente da covid-19.
Ainda assim, a confiança global dos líderes das organizações decresceu 9% relativamente ao período homólogo de 2019, que também já tinha decrescido 21% relativamente ao ano de 2018.
A pandemia fez com que a confiança na capacidade de "qualificar e requalificar" seja mais forte, tendo subido 15 posições no ranking, enquanto "a utilização da tecnologia que permita a colaboração e inovação" tenha subido ao segundo lugar (subiu 16 posições) no que diz respeito às ferramentas que mais contribuíram para a confiança dos líderes.
Os líderes dos Estados Unidos apresentam-se como os mais confiantes, de acordo com o estudo, tendo aumentado 26% em relação a 2019, embora demonstrem algum pessimismo no que diz respeito à privacidade e proteção dos dados, que diminuiu 23% em relação aos dados divulgados em 2019.
Curiosamente, os líderes em Portugal apresentam-se com abaixo do nível médio de confiança global, embora surjam à frente de países como Turquia, Brasil, Noruega, Polónia, Islândia ou Eslováquia, onde estão os líderes mais pessimistas.
Curioso é que a confiança dos líderes no impacto e no papel do media sofreu um aumento em relação ao estudo de 2019, sendo que os franceses são os mais confiantes nesta área, ao passo que os brasileiros surgem como os mais preocupados nesta área.