Tem pedras nos rins? Experimente andar na montanha-russa
É o prémio Ig Nobel de Medicina do ano: uma investigação americana que procurou demonstrar que andar em alguns tipos de montanha-russa é uma maneira eficaz de remover pedras nos rins, avançou esta sexta-feira a BBC.
Os investigadores insistem que para quem sofrer do mal, o melhor é usar regularmente estas atrações de parques temáticos.
A origem do estudo ajuda a perceber a recomendação: nos EUA há mais de 400 parques de diversão e, segundo um Roller Coaster Census Report, há 767 montanhas-russas (651 em aço, 116 em madeira). Em Portugal, será sempre uma recomendação mais difícil de seguir, não havendo estruturas permanentes montadas durante todo o ano.
O Ig Nobel é uma paródia aos verdadeiros prémios Nobel. Estes prémios alternativos são publicados anualmente pelos Annals of Improbable Research. E as investigações improváveis resultam sempre de aspetos sérios.
O professor David Wartinger, da Faculdade de Medicina Osteopática da Universidade Estadual de Michigan, avançou com esta investigação depois de um dos seus pacientes ter regressado de férias na Disneylândia, na Florida, e ter contado ao investigador que uma das suas pedras nos rins tinha saído após um passeio na Big Thunder Mountain, uma montanha-russa que recupera os ambientes dos velhos westerns.
Outro prémio atribuído, na categoria Nutrição, foi para investigadores do Reino Unido, Tanzânia e Zimbabwe, que calcularam o valor calórico de uma dieta canibal humana. A conclusão foi de que a dieta canibal tem muito menos calorias que dietas carnívoras tradicionais. "Nós não somos muito nutritivos", esclareceu o arqueólogo britânico James Cole.
Nenhum ser humano foi morto durante a investigação. O valor calórico da dieta de canibalismo humano foi determinado com uma fórmula que calcula o valor calórico de partes do corpo com base no peso e composição química.