Like Me. Reality show da TVI vai ter uma rede social para influenciadores
Há 20 anos nasceu na TVI o primeiro reality show na televisão nacional, o Big Brother. Um programa de gente anónima para todos os públicos. Sinal dos tempos, a estação de Queluz estreia a 25 de maio Like Me, um reality show que tem como protagonistas as 'estrelas' das redes sociais: os influenciadores. Com um adicional. O Like Me vai ter direito a uma rede social própria na aplicação. "A rede social dá nome ao programa", revela Ricardo Tomé, diretor coordenador da Media Capital Digital.
Daqui a pouco mais de uma semana, uma casa, que funciona como "estúdio criativo", vai receber uma dezena de participantes, comandados por Ruben Rua e uma segunda apresentadora, cujo nome está ainda no segredo da produção. "Serão 12 influenciadores, os nomes não estão completamente fechados. Haverá uma distribuição pelas diversas temáticas, serão homens e mulheres e de diversas idades", descreve Ricardo Tomé.
Com estreia no prime time de sábado, o formato internacional da Endemol (mas "com uma adaptação a Portugal muito profunda"), joga na ligação entre televisão e os smartphones, cada vez mais o ecrã de eleição para acesso aos conteúdos.
Os influenciadores irão funcionar num duplo papel: alimentando o programa de televisão com as atividades que têm de realizar para responder aos desafios, conteúdos que, por sua vez, irão estar disponíveis na conta do formato no YouTube, Facebook e Instagram, bem como a rede social do programa na aplicação, a Like Me, com os quais os seguidores do reality show vão interagir. Deste modo, a estação propõe uma "uma segunda camada, nas mesmas horas, coloca mais conteúdos ao dispor do espectador", frisa Ricardo Tomé.
O nome do formato reflete o conceito do programa: os concorrentes têm de conquistar likes para não serem expulsos. "Os concorrentes quando entram na casa deixam de poder usar a suas redes sociais, que ficam em standby, mas vão poder usar as contas do formato no YouTube, Facebook e Instagram e a Like Me na aplicação". Na casa começam do zero. Sem o lastro de seguidores que conquistaram na vida real, colocando os concorrentes em pé de igualdade na conquista da lealdade dos telespectadores do programa. Os influenciadores não concorrem para ter mais seguidores, mas sim para gerar envolvimento através dos conteúdos que criam. "Likes, visualizações, comentários, partilhas, "todos estes KPI (indicadores chave de desempenho) serão relevantes na avalição do desempenho".
Os conteúdos serão produzidos ao longo da semana como resposta a desafios, que podem ser mais abertos ou fechados. "Os desafios poderá passar por responder a um briefing, inclusive para alguma marca", realça o responsável da Media Capital Digital. O programa abre assim espaço a investimento dos anunciantes a product placement e a branded content. "Muitas marcas recorrem a influenciadores porque eles têm um rasgo diferente".
Desafios que são lançados por uma 'Voz'. Quem? Ricardo Tomé não revela. "Haverá uma inteligência artificial, uma Siri, a comunicar com os concorrentes", comenta humorado.
Em média, as aplicações dos reality show da TVI são descarregadas entre 400 a 500 mil vezes. "Um valor acima disso seria bom", diz. "Ouro sobre azul seria a Media Capital puder fechar contrato com algum destes influenciadores, juntando-se à nossa rede de blogues", refere o diretor coordenador da Media Capital Digital. Atualmente, a rede engloba 17 blogues, como os de Manuel Luís Goucha, Fátima Lopes ou Jessica Athayde.