Ativista brasileira viajou pelo mundo durante sete anos e vai lançar livro em Portugal

Bárbara Veiga vai apresentar a sua biografia "Sete Anos em Sete Mares" na Fnac Chiado, em Lisboa, a 9 de maio, e na Livraria Lello, no Porto, no dia 15

A ativista brasileira Bárbara Veiga deixou tudo para trás e percorreu mais de 80 países durante sete anos para se entregar a causas para ajudar a melhorar o planeta e no início deste ano contou toda a sua história no livro "Sete Anos em Sete Mares". Depois de passar por algumas cidades brasileiros na tour de lançamento da sua biografia, a autora vai estar a 9 de maio (18.30) na Fnac Chiado, em Lisboa, e no dia 15 na Livraria Lello, no Porto, para apresentar a obra.

"Relato no meu livro que comprei um veleiro na Malásia, remodelei-o todo, cruzei o oceano Índico e fui até ao Mediterrâneo, passando por 14 países", começou por contar ao DN a ativista, que também é fotógrafa e documentarista, que começou a fazer voluntariado aos 14 anos, ao limpar praias do Rio de Janeiro, onde nasceu.

Com o passar do tempo, juntou-se a organizações como a Greenpeace e a Sea Shepherd para abraçar causas maiores, até que se lembrou de estender a sua atividade a uma escala mundial. Durante esses sete anos, intercalou o trabalho como ativista ao de fotógrafa freelancer, o que lhe permitiu custear a viagem. "Fui enviando fotografias para vários sites e revistas de viagens", contou a carioca de 35 anos.

Entre as várias aventuras pelas quais passou, destaca um episódio na costa da Somália, em África, quando foi abordada por quatro piradas. "Em cada capítulo procuro fazer uma reflexão sobre essas experiências. Uma das mais marcantes ocorreu quando fui abordada por piratas na costa da Somália, que já sabia que era perigosa, mas não podia imaginar que ia passar por uma experiência como essa. Com o meu veleiro ancorado, fui fazer atividades como mergulho e de repente escutei um barulho e vi um barco a aproximar-se do meu. Eram quatro homens, com os quais tentei falar em inglês e francês, e então entrei no meu veleiro para tentar estabelecer contactos com outras embarcações que pudessem estar na região, mas não deu. Coloquei uma burca e entreguei alimentos a esses homens, que os receberam mas não me disseram nada. Passado um tempo, um deles fez-me um sinal com a mão imitando o órgão genital dele, para me dizer que tinha uma infeção e que procurava medicamentos. Voltei ao barco, entreguei-lhe um antibiótico e através de gestos disse para ele tomar uma vez de manhã e outra à noite. Até esses homens se terem ido embora, não sabia o que podia acontecer, pela minha fragilidade humana e como mulher no meio deles"

"São registos sobre a paixão pela vida marinha e os seus ensinamentos; aprender a confiar nas pessoas, ser uma mulher num meio predominantemente masculino, a solidão e as saudades dos amigos, aventuras no meio de piratas na Somália, ações contra matança da baleia na Antártida e prisão no Caribe. Mas, acima de tudo, sobre uma vida trabalhando em causas junto a organizações como Greenpeace, Sea Shepherd e também morar em veleiro próprio", pode ler-se no Facebook da editora Grupo Editorial Pensamento.

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