Um conselho para a sua carreira? Desligue-se das redes sociais
As redes sociais roubam tempo e atenção à produção de trabalho realmente importante e, pior do que isso, desviam-nos do que é valioso no mundo, defende um professor universitário norte-americano, Cal Newport, cujo artigo publicado no New York Times se tornou viral, ironicamente.
"Sou um cientista de computadores da geração millenial que escreve livros e tem um blog. Em termos demográficos, deveria ser um forte utilizador de redes sociais, mas não é o caso. Nunca tive uma conta de media social", apresenta-se Cal Newport, que acredita ser importante convencer outros a seguir-lhe o exemplo.
"As redes sociais têm muitos problemas, desde a corrosão da vida cívica à superficialidade cultural", defende o autor do livro "Deep Work: Rules for Focused Success in a Distracted World", convencido que o uso das referidas redes "pode prejudicar a sua carreira". Se há quem o tenha tentado convencer dizendo que o uso das redes sociais "não pode prejudicar" ninguém, Cal Newport responde que "afetam as nossas capacidades de nos concentrarmos sem distrações" à medida que o cérebro fica "viciado" em estímulos rápidos "à menor sugestão de aborrecimento", por isso equipara as redes sociais ao "hábito de fumar".
"Numa economia capitalista, o mercado recompensa coisas que são raras e valiosas. O uso de redes sociais é, definitivamente, nem raro, nem valioso. Qualquer jovem de 16 anos com um smartphone pode inventar uma hastag ou partilhar um artigo viral", argumenta o cientista. Nesse sentido, explica, as redes sociais "desviam o seu tempo e atenção da produção de trabalho relevante e de convencer o mundo que você importa".
Portanto, recomenda Cal Newport, "se quer realmente mudar o mundo, desligue o smartphone, feche as janelas do browser, arregace as mangas e comece a trabalhar".