TAP já pensa em novos voos diretos para a América Latina

O primeiro voo da TAP para Bogotá ainda não tinha chegado ao destino e o vice-presidente da companhia aérea já confessava novos planos. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, a vários metros de altitude, o responsável lembrou que Bogotá e Panamá serão pontos chave para a TAP e que a partir de agora já se podem pensar novos destinos. Preferências? Perú, Costa Rica ou Chile.
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A TAP apostou fortemente neste verão. Qual é a grande expectativa para estes meses? Ainda esperam crescer 8% com os novos voos?

Estamos a inaugurar várias rotas esta semana. Já iniciamos Manaus-Belém há um mês, estamos agora a inaugurar Lisboa-Bogotá-Panamá. Nós já estamos com um índice de ocupação muito significativo e a gente prevê um verão muito muito bom. O crescimento previsto de 8% é para a média do ano, mas no segundo semestre deste ano o aumento será muito superior para poder equilibrar o total anual. Já temos uma previsão de reservas para praticamente todos os setores da rede que é extremamente elevada para o verão e uma boa expectativa para o final do ano.

E o que se prevê para esta nova rota para a Colômbia? É bem conhecido o desejo da TAP em entrar neste país.

A Colômbia já é o terceiro país mais importante da América do Sul ao nível económico, depois de ter ultrapassado o PIB da Argentina. Neste último trimestre cresceu 6% e existe um crescimento significativo das trocas económicas, investimento e turismo entre a Colômbia e Portugal, o que reforça a boa previsão que temos.

Que peso é que os europeus poderão ter nesta rota?

Acreditamos que os 56 destinos que temos na Europa e os 15 em África vão ter uma grande importância e contamos com eles para abastecer esta rota. Estamos seguros de que vai ser um projeto cheio de êxito. Começamos agora com um voo circular de quatro frequências por semana, mas é apenas um começo.

Isso quer dizer que a frequência ainda poderá aumentar durante este ano?

Não, para já é isto. Para uma rota com esta dimensão não é possível ter uma visão clara da sua execução em menos de um ano. Precisamos de um ciclo completo de altos e baixos para poder fazer uma avaliação. Além disso são investimentos extremamente elevados e nós vamos encontrar uma concorrência importante e tem uma série de objetivos que a gente ainda pretende atingir para fortalecer esta rota.

Como por exemplo?

A parceria em codeshare que já realizamos com a Avianca para a Copa. Mas há uma série de coisas ainda por acontecer até atingirmos essa plenitude. É portanto um processo gigantesco, extremamente importante e que tem um tempo de maturação mais alargado.

Estas parcerias serão a forma mais imediata da TAP alargar a sua rede pela América Latina...

Vai permitir que a gente não trabalhe apenas com o destino Colômbia e Panamá, mas a partir desses dois hubs consiga iniciar um projeto de alargamento sobre várias cidades que funcionem como embriões futuros de novos voos diretos. Temos uma ação importante em países como o Peru, Costa Rica, Chile e assim por diante.

O facto de a Colômbia e a América Latina serem mercados por excelência da Iberia pode ser penalizador para a TAP ou esperam canalizar precisamente esses passageiros?

Nós achamos que a AL tem tido um desempenho económico notável e que existe espaço tanto para a TAP como Iberia como para uma quantidade muito grande de empresas aéreas, como a Air France e KLM que operam muito bem. Mas também não temos dúvidas de que a Iberia é um concorrente forte e que vai continuar crescer. Nós temos o nosso espaço ali, como temos em todo o lado. O próprio voo inaugural mostra que temos passageiros de toda a parte, da França, Alemanha, Bélgica.

*Na Colômbia. A jornalista viajou a convite do Turismo de Portugal

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