Tailandeses finalizam compra dos hotéis Tivoli por 294 milhões

O grupo tailandês Minor Hotel Group anunciou esta terça-feira a conclusão da compra da Tivoli Hotels & Resorts. A operação ficou fechada por 294,2 milhões de euros e inclui os 14 hotéis (12 em Portugal e dois no Brasil) da marca Tivoli. O negócio é, de acordo com o grupo Minor, o maior de sempre no setor hoteleiro em Portugal.

"Ontem, ao final da manhã, foi concluída a venda da Tivoli Hotels & Resorts ao Minor Hotel Group. Esta venda marca a conclusão de um período conturbado, que se prolongou por quase dois anos. Iniciamos um novo ciclo, muito promissor, no seio do Minor Hotel Group", começou por anunciar Filipe Santiago, administrador do grupo hoteleiro português que fazia parte do universo Espírito Santo.

A aquisição dos Tivoli foi feita por fases. Primeiro, em janeiro do ano passado, o grupo tailandês adquiriu os dois hotéis no Brasil e quatro em Portugal, por 168 milhões de euros.

Entretanto, em junho desse mesmo ano, a Espírito Santo Hotéis, empresa através da qual a Rioforte controlava os hotéis Tivoli, entrou em processo de insolvência, uma vez que não conseguiu chegar a acordo com os 822 credores para que fosse aprovado um Plano Especial de Revitalização. Segundo o Diário Económico, o grupo tailandês assumirá também o passivo da Tivoli, que ascende a 62,5 milhões.

A fase final de aquisição da marca portuguesa, agora anunciada, inclui os sete hotéis em Portugal que faltava: Tivoli Jardim, Tivoli Sintra, Tivoli Palácio de Seteais, Tivoli Lagos Beach Clube & Golf, Tivoli Victoria Vilamoura, The Residences at Victoria Clube de Golfe e Tivoli Coimbra.

Agora, o Minor pretende "maximizar o portfólio de ativos da Tivoli, investindo nos ativos dos hotéis Tivoli para melhorar o posicionamento da marca nos seus mercados", detalha o grupo.

E, apesar do processo difícil e da situação com os credores, o grupo tailandês salienta que "a atividade da Tivoli é forte" e que, no ano passado, a cadeia hoteleira portuguesa gerou receitas de 121 milhões de euros e um EBITDA normalizado de 31 milhões". Por outro lado, os tailandeses tencionam "aproveitar o forte crescimento recente do mercado do turismo em Portugal".