JULIO IGLESIAS
Julio Iglesias ia sentado no lugar do co-piloto (é onde gosta de ir quando é conduzido) quando o carro parou num sinal vermelho numa esquina de Ponta Delgada, São Miguel, em 2004. Reconhecido por quem passava, baixou o vidro e cumprimentou. «Deu autógrafos, beijinhos, deixou-se fotografar, o sinal abriu e fechou umas 15 vezes antes de voltarmos a arrancar», conta Alexandre Basto, amigo do cantor e responsável pelo seu regresso ao Casino Espinho, no dia 27, e ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa, no dia 28. Assistiu à cena sentado no banco de trás do carro, ao lado do promotor que levava o artista aos Açores e que dizia que aquilo era uma chatice. O artista disse-lhe que não: «Mau vai ser no dia em que eu parar nesta esquina e ninguém vier pedir-me autógrafos e beijinhos.»
Cuidar dos fãs, especialmente das fãs, tem sido um dos factores do enorme êxito da carreira de Julio José Iglesias de la Cueva, madrileno filho de pai galego e mãe andaluza, nascido a 23 de Setembro de 1943. A estima por quem o segue pode chegar ao ponto de os convidar para jantar após um espectáculo, como aconteceu numas das suas últimas passagens pelo Casino Espinho, conta Alexandre Basto. Ou por convidar algum dos seus admiradores para cantar consigo em inesperado dueto, como aconteceu a Neno, antigo guarda-redes do Benfica e do Vitória de Guimarães, fã confesso do cantor espanhol ao ponto de o imitar em programas de televisão. Aconteceu num espectáculo na Maia, em 1997. «O Neno começou a inventar desculpas, a dizer que não tinha roupa, e o Julio Iglesias emprestou-lhe uma camisa, casaco, gravata... Cantaram para 28 mil pessoas», recorda Alexandre Basto. Mais: «Chegue a que horas chegar a um hotel, cumprimenta toda a gente.» E pede sempre a melhor suite, exigência frugal se comparada com as de outros artistas, sublinha quem já trabalhou com ele.
Para os concertos acrescenta à lista de pedidos vinhos tintos (uma paixão com quase tantos anos como a sua carreira musical), queijos (gosta muito dos portugueses) e fruta. Mas, garantem várias pessoas que trabalharam com o cantor, nada de extravagante. Afável e charmoso são dois adjectivos que mais vezes se ouvem quando se fala de Iglesias.
Um verdadeiro gourmand
«É um gourmand», afiança João Afonso, antigo director de marketing da Sony Music, editora discográfica que representa Julio Iglesias. Há uns anos, depois de um concerto no Porto, a equipa foi jantar a uma marisqueira em Leça da Palmeira. Julio pediu para levar algumas das suas garrafas para a mesa. Mais surpreendente para quem atendia no estabelecimento, levantou-se para ir ao aquário escolher o marisco. É um apreciador.
Tem uma mania: não se deixa fotografar do lado esquerdo, como atestam as capas dos seus 77 discos. Acha que não é o seu melhor lado. Outra explicação são as sequelas provocadas por um grave acidente de viação que lhe mudou a vida aos 19 anos. Julio, estudante de Direito e guarda-redes do Real Madrid, sonhava com uma carreira no futebol, interrompida a 22 de Setembro de 1963, quando foi parar ao hospital. Esteve semiparalisado durante ano e meio. Começou a escrever poemas e a musicá-los à guitarra, o que também era uma forma de fazer reabilitação. Contra todos os prognósticos e com muito esforço, voltou a andar, ainda que tenham permanecido sequelas (uma fonte explica que Julio só usa sapatos por medida porque tem um problema num dos pés). O pai, médico ginecologista, passou muito tempo ao seu lado ajudando-o a voltar a andar.
Uma vez recuperado foi para Londres estudar inglês. Na capital britânica conheceu Gwendolyne, que viria a ser sua namorada, e ao mesmo tempo título e musa inspiradora de um dos seus primeiros êxitos - foi este o tema que levou ao Festival da Eurovisão em 1970, conquistando o quarto lugar para Espanha. Começou a cantar dois anos antes. A estreia fez-se no Festival da Canção de Benidorm com a canção La Vida Sigue Igual. Em Julho completa 43 anos de carreira.
Um ano depois casa com a hispano-filipina Isabel Preysler, com quem teve três filhos - Chabeli (3 de Setembro de 1971), Julio Iglesias Jr. (25 de Abril de 1973) e Enrique Iglesias (8 de Maio de 1975). Conheceram-se quando ela trabalhava como jornalista na revista Hola e foi entrevistá-lo. Ele tinha acabado de assinar contrato com a Discos Columbia, sucursal da norte-americana Columbia Records, e convidou-a para assistir com ele a um concerto do cantor espanhol Juan Pardo. Casaram-se sete meses depois, a 20 de Janeiro de 1971.
O casamento durou oito anos. Separaram-se em 1978, e em 1979 o tribunal eclesiástico de Brooklyn, EUA, anulou o matrimónio, o que lhe permitiu casar-se pela igreja com a actual mulher, a modelo holandesa Miranda Rijnburger, que conheceu em Dezembro de 1990, em Jacarta, Indonésia, e com quem tem cinco filhos: Miguel (7 de Setembro de 1997), Rodrigo (3 de Abril de 1999), Victoria e Cristina (1 de Maio de 2001) e Guillermo (5 de Maio de 2007). Disse ao jornal espanhol Diario del Sur: «Ter cinco filhos é uma dádiva de Deus. A minha mulher e eu adoramo-los, são o melhor das nossas vidas. Para já não temos planos para aumentar a família, mas nunca se pode dizer "dessa água não beberei"...»
Julio Iglesias e Miranda oficializaram a união no dia 24 de Agosto de 2010, após vinte anos de vida em conjunto. A cerimónia foi na Virgen del Carmen de Marbella, cidade do Sul de Espanha onde o cantor tem uma propriedade de 210 hectares e onde passa largas temporadas.
República Dominicana e Miami
A família passa a maior parte do tempo na República Dominicana, cenário idílico das Caraíbas usado anualmente para a produção fotográfica que faz para a revista espanhola Hola e onde já recebeu para uns dias de descanso Bill e Hillary Clinton. Em Punta Cana é sócio de um resort de luxo e de um campo de golfe, alguns dos seus investimentos paralelos à música.
Também tem uma propriedade em Miami, Florida (onde vive a maior comunidade de hispânicos dos Estados Unidos), numa das zonas mais exclusivas do país, Indian Creek Island, com 1,2 quilómetros quadrados para uma população que não chega aos quarenta habitantes (o estado da Florida tem 18,5 milhões no total) e é o oitavo território mais caro dos EUA, de acordo com os censos norte-americanos. A casa de Julio Iglesias, escreveu a revista Forbes, é a sétima mais cara do Sul dos Estados Unidos. Custou vinte milhões de euros. E a vizinhança também é selecta: senadores do Congresso, xeques, Adriana Lima (modelo brasileira da Victoria"s Secret) e o próprio filho, Enrique Iglesias. É também um local onde a segurança está assegurada.
A par da vontade de triunfar num mercado internacional (e por isso precisar de estar mais perto dos centros de decisão), foi também por motivos de segurança que Julio Iglesias e a família, incluindo os três filhos do primeiro casamento, se mudaram para Miami, em meados dos anos oitenta. O pai do cantor, Julio Iglesias Puga, foi raptado pela ETA durante duas semanas. O cantor terá contratado pessoas para o resgatar, e ums delss continua a trabalhar com o cantor.
A mudança para os Estados Unidos coincide com a sua explosão como cantor global de origem latina. O grande salto na internacionalização da sua carreira acontece em 1984 quando grava To All The Girls I Loved Before, em inglês, com o cantor country Willie Nelson. Favorito entre as mulheres, criaram-se mitos à sua volta. «Dizia-se que o Julio Iglesias fazia amor todos os dias», lembra João Afonso. Antes do casamento com Miranda foram-lhe atribuídos romances com várias estrelas americanas, como Brooke Shields ou Diana Ross (com quem gravou um dueto). Dizia-se que já tinha dormido com mais de três mil mulheres. Ele respondeu ao Sunday Morning, da CBS, que isso foi até 1976: «Depois deixaram de contar...» O marketing sempre cultivou essa aura do cantor. «O mito é muito mais atraente do que a realidade, mas o meu respeito pela mulher sempre foi autêntico», disse ao Diário Sur.
Quando ainda não se falava em Juanes ou Shakira, Julio Iglesias era o único cantor latino nas grandes salas de espectáculos. É, diz o seu site oficial, um dos dez artistas latinos que mais venderam na história. Ganhou um Grammy em 1988 para melhor álbum pop latino pelo disco Un Hombre Solo (Um Homem Só). É o único galardão que lhe foi atribuído. Também só foi nomeado em mais cinco ocasiões nos Grammy: melhor performance de um artista latino (1998 e 1996), melhor álbum latino (1983), melhor gravação, Momentos (1983), e Hey (1981). A Sony Music contabiliza trezentos milhões de discos vendidos por Julio Iglesias em todo o mundo. O pai do cantor, o grande crooner latino, Julio Iglesias Puga, dizia que tinha sido ele a comprar todos. Acabou por ficar como piada familiar.
O patriarca da família acompanhou o filho em todos os momentos da sua carreira. Tal como a mãe, Maria del Rosario de la Cueva y Perignat, que morreu em Miami, em 2002. O pai voltou a casar-se, com Ronna Keitt, e Julio Iglesias tem dois meios-irmãos - Jaime (2004) e Ruth (2006) mais novos do que os filhos, e o neto, Alejandro (2002), filho de Chabeli. Don Julio, como era conhecido, morreu em 2005. O cantor tem um irmão mais novo dois anos, Carlos, que também é médico.
Questão menos clara no seu currículo é a sua alegada paternidade de Javier Santos, filho da portuguesa Maria Edite Santos, bailarina, que se terá cruzado com o cantor em Valência, em 1973. O assunto chegou à barra dos tribunais, e apesar de Julio Iglesias nunca ter comparecido em tribunal e sempre ter recusado fazer o teste de ADN, a justiça espanhola aceitou que Javier, que entretanto tentou uma carreira no mundo da música e se deu a conhecer em todos os programas cor-de-rosa da televisão espanhola, poderia usar o apelido Iglesias. Ele, porém, continua a apresentar-se como Santos.
Encontro com Amália
Entre as fãs portuguesas de Julio Iglesias contava-se Amália Rodrigues. Depois de um concerto no Casino Estoril, João Afonso levou-a a falar com o cantor antes de toda a gente. A admiração era mútua. «Chegaram a cantar juntos», conta João Afonso: «Num concerto no Casino Estoril ela ficou fascinada com um microfone sem fios que ele trouxe para Portugal. Algum tempo depois ele mandou-lhe um.»
Portugal faz parte da sua rota de passagem quase desde o início da carreira. José Cid, que fará a primeira parte do concerto de Julio Iglesias no Pavilhão Atlântico, esteve com ele na Figueira da Foz em 1972 e mais tarde em Espanha onde partilhavam a mesma editora, a Discos Columbia. «É uma pessoa encantadora e o maior cantor ibérico de sempre», elogia: «É o nosso Frank Sinatra.» E tanto canta em salas grandes como em recintos pequenos, como atestam as suas próximas datas em Portugal (um jantar-concerto, a 250 euros, no Casino Espinho, e um megaconcerto no Pavilhão Atlântico, com bilhetes entre os 30 e os 120 euros). Do nosso país leva outra recordação: em 2007 partiu um dedo mínimo no concerto no Casino Espinho ao bater numa porta. «Deu o concerto no Pavilhão Atlântico com uma médica nos bastidores, tal como um jogador de futebol. Ela ia pondo spray analgésico de vez em quando. Mas sempre com grande profissionalismo.»
Julio Iglesias está em permanente digressão pelo mundo e estreou o espectáculo que agora vem apresentar a Portugal, The Starry Night Tour, há quase um ano. Desloca-se no seu avião privado de 59 milhões de euros. «É a limusina dele», diz Alexandre Basto. Quatro dias depois de cantar em Portugal, Julio Iglesias actua em Moscovo, na Rússia. Foi numa entrevista recente a um jornal deste país que revelou que esta seria a sua última digressão. «Sei que a Miranda quer, tem filhos pequenos», confirma Alexandre Basto. Os amigos têm algumas dúvidas de que o cantor se «retire» de vez. O mesmo Julio Iglesias disse há cerca de um ano ao Diário Sur que cantaria até o público querer. É um privilégio que a vida me deu - ver três gerações assistirem aos meus concertos», disse já em várias entrevistas.
Tal pai... tais filhos?
Enrique Iglesias, 36 anos, foi o único a seguir com êxito os passos do pai. Intérprete do hit comercial Bailamos, o cantor, namorado da ex-tenista Anna Kournikova há quase dez anos, mantém uma relação assumidamente distante com o pai. Ambos dizem que «é assim, é normal». Numa entrevista a uma publicação espanhola, confessou que há quatro meses que não trocava uma palavra com o pai. Num ponto já vai à frente do progenitor: tem dois Grammy e Julio Iglesias apenas um. Sobre o sucesso alcançado pelo filho, Julio Iglesias apenas se referiu uma vez ao facto de o filho, ao contrário dele, ter comprado um avião privado antes dos 30 anos. O primeiro disco de Enrique, homónimo, lançando em 1995, vendeu 55 milhões de exemplares. Mais recentemente, admitiu que gostaria de um dia cantar com o pai. Revelou à revista Billboard que quando começou a dar os primeiros passos na música o pai não o deixava entrar no estúdio com medo de que lhe roubasse as ideias. «Agora sou eu que não o deixo entrar», rematou. Em Setembro começa uma digressão por vinte cidades norte-americanas, a começar em Boston e a terminar em Miami.
Julio Iglesias Jr., 38 anos, também tentou carreira como cantor. Editou um disco, que passou sem deixar marcas. Antes tinha apostado numa carreira como modelo. Fez campanhas para as marcas Versace e Gap. Recusou propostas para participar em telenovelas do canal hispânico Televisa e em 2005 participou na versão espanhola do concurso Dança Comigo. Não ganhou. Nessa altura viveu com a mãe Isabel Preysler, em Espanha. Actualmente, faz parte do elenco da série televisiva Hacienda Heights, rodada em São Francisco. Tem casamento marcado para antes do Natal com a belga Charisse Verhaert, informação que tem feito correr tinta na imprensa cor-de-rosa de Espanha. Estão juntos há seis anos.
Chabeli Iglesias é a filha mais velha de Julio Iglesias. Tal como os irmãos, vive em Miami. É casada com Christian Altaba, com quem tem um filho, Alejandro, nascido em 2002. Tentou um percurso semelhante ao da mãe, como jornalista da Hola. Hoje, e também à semelhança da mãe, empresta a sua imagem e o seu nome a várias marcas.
Especula-se em Espanha sobre a (má) relação entre pai e filhos, algo que Julio Iglesias desmentiu numa entrevista ao Diario Sur, em Julho passado: «Como é que vou-me dar mal com os meus filhos? Quem pode pensar assim? Adoro-os e estou muito orgulhoso deles. Cada um conseguiu abrir o seu caminho, por mérito próprio. Além disso, são generosos e uns campeões na vida.»
Produtor vinícola
Coleccionar vinhos é um dos hobbies de Julio Iglesias, e um dos menos conhecidos. Tem cerca de cinquenta mil garrafas, reunidas ao longo dos últimos quarenta anos. E em 2000 aventurou-se como produtor.
O vinho que produz chama-se Montecastro, e o desafio de o fazer partiu de Alfonso de Salas, presidenta da Ecoprensa e fundador do jornal El Mundo, um dos oito sócios da empresa (outro é o director do El Mundo, Pedro J. Ramirez). Produzem entre 250 e 300 mil garrafas por ano. Possuem uma vinha de 27 hectares. Em dez anos, o vinho foi considerado pela crítica especializada do New York Times como o melhor de Ribera del Duero numa colheita de vinte garrafas vendidas a menos de 45 euros. Razão suficiente para ter recebido, no princípio de Maio, a distinção de Alcaide de Honra do Museu Provincial do Vinho, reconhecendo o trabalho de divulgação dos vinhos desta região a nível internacional que o cantor tem feito.
O interesse pelos vinhos começou por acaso durante um almoço com o realizador Roman Polanski e dois fotógrafos, em 1972, contou numa entrevista à revista especializada Wine Spectator. Perguntou ao barman o que era um bom vinho e ele trouxe-lhe para a mesa um Lafite de 1951. Julio Iglesias diz que foi a primeira vez que apreciou realmente um vinho. Noutra entrevista, ao jornal El Mundo, acrescentou que começou a degustar vinhos em França. «Os vinhos eram caríssimos e não entendia como se podia gastar tanto dinheiro», explicou. Assim, aprendeu a comprar garrafas por 10 e 15 dólares que mais tarde se tornavam grandes garrafas de vinho, contou.
A sua colecção encontra-se repartida pelo mundo. Em Espanha, distribuídos por duas salas, estão sessenta por cento dos vinhos. Os restantes quarenta por cento estão maioritariamente na Florida, onde tem uma adega alugada, e na República Dominicana, onde tem apenas «três ou quatro mil», pelas suas contas, como contou à Wine Spectator.
Também tem vinhos portugueses. «Todos os anos compra garrafas a um produtor de Alvarinho do Minho», revela João Afonso.
E todos os dias toma um pouco e também organiza provas com os amigos. Garante que já não compra vinho como antes e ainda assim já não terá tempo de beber todas as garrafas da sua colecção. Só há um vinho que queria muito ter e que é muito difícil de encontrar: o Chateau Le Pin (de Pomerol, Bordéus).
Fontes: Diário Sur, Latin American Herald Tribune
Os números de Julio
1
Grammy, em 1988, pelo disco Un Hombre Solo.
8
filhos (Chabeli, Júlio, Enrique, Rodrigo, Miguel, Victoria, Cristina, Guillermo).
14
línguas em que cantou.
67
anos.
77
álbuns editados.
2600
discos de ouro e platina.
50 000
garrafas de vinho da sua colecção.
12 000 000
entradas com o seu nome no Google.
300 000 000
discos vendidos.
400 000 000
espectadores viram o programa de televisão com o cantor na televisão chinesa, em 1988.
Julio e os portugueses
«Só deixarei de cantar quando já não estiver vivo», garantiu Julio Iglesias numa entrevista à nm em Fevereiro de 2004. Nessa conversa, o cantor espanhol falou da sua amizade com Portugal e os portugueses, e sublinhou o imenso carinho e fidelidade que sempre sentiu por parte dos fãs lusitanos. Que Iglesias retribui com o facto de ser «o artista estrangeiro que mais cantou em português [tem álbuns gravados em português e nos seus concertos em Portugal tem cantado algumas músicas na nossa língua]». E fez questão de realçar a sua proximidade connosco: «Sou quase português, sou de origem galega, uma cultura muito próxima da portuguesa.» Julio Iglesias definiu-se como «um eterno apaixonado» e reafirmou a sua fé na paixão e no amor: «A paixão, se dura muito, é um milagre. O amor, se dura muito, é uma maravilha.» Explicava que dava graças a Deus pela vida que tem, mas achava que «o sucesso não tem lógica, se tivesse lógica todo o mundo tinha sucesso».
S.B.
FRASES
«Gosto muito de disciplina e de trabalho. Não gosto de improvisar e, de forma alguma, de fazer as coisas a curto prazo.»
«As raízes nunca se perdem, estejamos onde estivermos. Eu sou espanhol, tenho muito orgulhoso em sê-lo e, evidentemente, adoro estar no meu país e mostrar esta terra aos meus filhos mais novos.»
«A Miranda é a minha vida.»
«O amor é como um vinho. Um gole está bem, beber a garrafa inteira é uma dor de cabeça.»
«Sou uma pessoa que gosta das coisas muito arrumadas e isso é um defeito porque toma muito tempo.»