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Médica a ganhar mais e a trabalhar menos

Uma médica da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo decidiu tirar uma licença sem vencimento de longa duração. Mas, depois disso, a administração do hospital assinou com ela dois contratos para continuar a prestar cuidados aos doentes da unidade: um individual e outro através de uma sociedade unipessoal. Com este negócio, a administração passou a pagar à médica "um montante superior" ao que gastava quando ela era funcionária pública , apesar de a sua "produtividade ter diminuído" em todos os cuidados prestados, à excepção das urgências, no primeiro semestre do ano passado. Um caso que revela o "incumprimento" dos princípios da "correcta gestão dos dinheiros públicos".

Um oftalmologista fazia 75% das cirurgias

Nem sempre é uma má aposta a contratação em regime de prestação de serviços. O Tribunal de Contas cita o exemplo de um médico contratado pelo Hospital Distrital da Figueira da Foz, que, entre 2007 e 2009, revelou sistematicamente uma produtividade muito superior à dos clínicos do hospital. E por um custo bastante inferior. Em 2009, este 'tarefeiro' atingiu o pico do seu desempenho em 2008, ano em que assumiu 62,5% de todas as consultas externas e 75,5% das cirurgias. Tanto os valores que recebia por consulta (37,50 euros) como por cirurgia (325) eram inferiores ao custo médio unitário apurado pelo hospital. Em três anos poupou à unidade centenas de milhares de euros.

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