Jorge Molder vence o 5.º Prémio EDP/Arte

O júri destacou o "percurso consistente e arejado" do artista como factores decisivos na atribuição do prémio de 35 mil euros
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Dez anos, cinco prémios. Com galardoados como Lourdes Castro (2000), Mário Cesariny (2002), Álvaro Lapa (2004) e Eduardo Batarda (2007), o Grande Prémio EDP/Arte estabeleceu-se como um dos galardões de referência da arte contemporânea nacional. O fotógrafo Jorge Molder é o mais recente premiado, como foi anunciado na cerimónia que decorreu ontem no Museu da Electricidade, em Lisboa.

Molder, que esteve ausente da cerimónia, é o primeiro fotógrafo a vencer o Grande Prémio EDP/Arte, que compreende um prémio monetário no valor de 35 mil euros, o maior em Portugal no domínio das artes plásticas. O galardão inclui também uma exposição retrospectiva da obra do autor premiado, organizada pela EDP, que se realizará nos próximos dois anos, em local ainda a definir.

Se Jorge Molder, cujo percurso remonta já aos anos 70, poderá não ser um nome a necessitar de divulgação (vide também o caso de Mário Cesariny), será então um autor com a "trajectória consistente e arrojada" (ver perfil) que o presidente da Fundação EDP, António Mexia, destacou na cerimónia de ontem, à qual compareceu também a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.

O júri desta edição do Prémio EDP/Arte foi composto pelo próprio António Mexia (que presidiu ao painel), António Franco (director do MEIAC, de Badajoz), António Gomes Pinho (presidente do conselho de fundadores da Fundação de Serralves), Eduardo Lourenço (ensaísta e crítico de arte), Jean-François Chougnet (director do Museu Colecção Berardo), Jorge Silva Melo (encenador, cineasta e director artístico dos Artistas Unidos) e João Pinharanda (consultor para as artes da Fundação EDP).

Na cerimónia, António Mexia declarou também que o prémio EDP/Arte se destina a "apostar em nomes com um percurso em aberto, e com um futuro ainda por definir, bem como a fomentar a internacionalização da arte portuguesa". Foi aliás a "trajectória consistente e arejada" do fotógrafo e artista plástico, bem como o seu papel na definição de tendências estéticas, que levou à nomeação de Jorge Molder por unanimidade.

A ministra da Cultura, por sua vez, felicitou a EDP pela primeira década do grande prémio das artes, "motivo de regozijo" nas suas palavras. Como não podia deixar de ser, Gabriela Canavilhas apontou também os "constrangimentos difíceis" da conjuntura económica actual, que tornam "a deliberada iniciativa da EDP no âmbito do mecenato" um exemplo da "consciência social ao serviço da cultura registado com especial apreço" pelo Ministério da Cultura.

Se o contacto que a generalidade dos portugueses terá com a EDP se ficará pela sua actividade no Museu da Electricidade (e pela factura no início do mês), será também relevante apontar que a empresa investe todos os anos 3,5 milhões de euros em iniciativas, culturais. No mesmo âmbito, a EDP financia 14 exposições, anualmente, e apoia instituições como a Fundação de Serralves e a OPART, que agrega a Companhia Nacional de Bailado e o Teatro Nacional de São Carlos.

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