Da incubação à aceleração, a Startup Braga apoiou, nos dois anos de existência que celebra esta semana, cerca de 70 startups e 250 empreendedores que criaram mais de 200 postos de trabalho nas áreas web, mobile e medtech. Longe de estar terminado, o trabalho da "dinamizadora de empreendedorismo", como o presidente Carlos Oliveira gosta de defini-la, a Startup Braga tem grandes ambições para um futuro cada vez mais pequenino. É como quem diz: nanotecnologia..Startup.Nano é o nome do projeto que será lançado, ainda durante este trimestre, pela incubadora bracarense, em articulação com o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL na sigla utilizada internacionalmente) , sediado na mesma cidade, e com o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CENTI), localizado em Famalicão ..O programa está a aguardar financiamento de cerca de 400 mil euros, proveniente de fundos de coesão, que se somará aos 7,5 milhões de euros arrecadados pelas startup nos últimos dois anos.."Na Startup Braga temos procurado fatores de competitividade numa lógica de diferenciação, por isso arrancámos pelas Tecnologias de Informação, embora a diferenciação não fosse tão evidente, seguindo depois para a área de techmed, porque em Braga já havia um ecossistema que proporcionava esse desenvolvimento", começou por explicar Carlos Oliveira. "No caso da nanotecnologia, temos o INL, que é um laboratório único no Mundo, onde a nanotecnologia de A a Z pode ser tratada no mesmo edifício, e que será o espaço ideal, inclusive, para fazer incubação", adiantou..Com o objetivo de, no próximo programa de aceleração, integrar metade das startup de áreas de nanotech e medtech, a aposta da Startup Braga poderá contribuir para "transformar em negócio grande parte do potencial da nanotecnologia que, hoje, está alocado em instituições de I&D". Segundo o presidente da Startup Braga, desde a eletrónica, com a produção de chips, até à segurança alimentar ou os nano-materiais, ainda "há muito potencial por explorar na nanotecnologia" e Portugal, mais concretamente Braga, pode afirmar-se como "hub de referência na incubação e aceleração de startups com base nano tecnológica a nível europeu".