S&P é a agência que mais castiga os rating dos países

<b>A Standard and Poor's é a agência de notação financeira que mais castiga os ratings dos países. Quer a nível mundial ou apenas europeu, a agência foi a que mais cortes de rating tem feito. Em sentido inverso, a Moody's surge como a mais "amiga" na Europa.</b>
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A conclusão pode ser retirada de um relatório hoje publicado pela

rival DBRS. A agência canadiana, a quarta maior do mundo atrás das

conhecidas 'Big Three' (Fitch, Moody's e Standard and Poor's), revela os

movimentos feitos pelas agências e aproveita para salientar que "existe

uma volatilidade significativamente inferior na frequência das ações de

notação feitas pela DBRS, bem como uma maior consistência na magnitude

dos movimentos".

No total de todas as atualizações de rating

feitas pelas quatro agências de rating, a S&P surge como a que mais

tem castigado os países. Contas feitas, fez 26 cortes de rating face a

21 upgrades, num total de 47 'mexidas' de notação de crédito.

Em

sentido inverso, a Moody's surge como a mais "amiga": de um total de 42

movimentos, a agência fez 22 subidas de rating e 20 cortes.

Em

termos de níveis de rating, quer nas subidas quer nos downgrades, as

quatro agências de notação mexeram em média entre 1,07 níveis (DBRS) e

1,48 (Moody's).

A nível europeu a história repete-se. A S&P

surge como a agência com mais cortes de rating (19) e a Moody's com mais

subidas de notação (4). Quanto ao resto do mundo, a S&P é a agência

que mais downgrade fez (7) mas, igualmente, a que mais upgrades

realizou (19), apenas mais um que as subidas feitas pela Fitch e pela

Moody's.

A comparação foi feita com base nas datas a partir das

quais a DBRS começou a acompanhar e a atribuir ratings a cada um dos 29

países. Por exemplo, a DBRS começou a dar uma nota de crédito a Portugal

a 10 de novembro de 2010 e os números divulgados incluem as ações

tomadas pela Fitch, Moody's e S&P relativas a Portugal desde esse

dia.

Atualmente, a DBRS atribui um rating 'BBB-' a Portugal,

apenas um nível de cair para 'lixo', com 'outlook' negativo, ou seja, a

notação de crédito mais favorável que o país tem. A última revisão foi

feita pela última vez em dezembro e a próxima decisão da agência está

agendada para 23 de maio.

Recorde-se que, na passada sexta-feira, a

Moody's subiu o rating de Portugal em um nível, para Ba2, no mesmo dia

em que a S&P reviu o outlook do rating de Portugal para estável de

negativo. No entanto, o país continua em território 'lixo' pelas três

maiores agências Fitch, Moody's e S&P.

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