Zelensky plantou uma bandeira na América, que gelou para o Natal

SÁBADO

Milhares de professores na rua para exibir "respeito"

"O tempo de serviço não se poupa, conta-se", o clássico "professores unidos jamais serão vencidos" ou um simples mas esclarecedor "respeito". Estas foram algumas das frases que gritaram - ou exibiram em cartazes - este sábado, em Lisboa, milhares de professores, "20 a 25 mil", segundo as contas do STOP, o Sindicato de Tod@s @s Professores que organizou o protesto, a somar à greve por tempo indeterminado que decretou a 9 de dezembro. E que promete marcar o regresso às aulas em janeiro com novos protestos. Os manifestantes exigem respostas a questões como a possibilidade de os diretores poderem escolher professores sem terem em conta a graduação profissional, a ausência de contagem de tempo de serviço que esteve congelado, as quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e a penalização na aposentação após 36 anos de serviço. Um protesto que incomoda muita gente, desde o ministro da Educação até aos pais, que vivem na incerteza de saber se os filhos vão ou não ter aulas. Mas que os professores garantem não só mostrar que estão determinados em defender os seus direitos, mas também a defender a escola pública de qualidade.

DOMINGO

Final de génio, sem Mbappé conseguir tirar a taça a Messi

Até ao minuto 79 a história da final do Mundial de Futebol do Qatar parecia a coisa mais linear e simples do mundo: Argentina a jogar muito, dois golos marcados, uma equipa já convencida de que iria erguer a taça e uma França a não conseguir sequer aproximar-se na baliza de Emiliano Martínez. Mas tudo mudou no momento em que Kylian Mbappé converteu aquele penálti. Menos de dois minutos depois, o mesmo Mbappé fazia o 2-2 para a França e estava relançado um jogo que ficará para sempre na memória dos que o viram. O prolongamento ainda trouxe mais um golo para cada lado: Messi adiantou a Argentina, Mbappé repôs a igualdade. E tudo acabou em grandes penalidades - 4-2 para a Argentina. Messi levantou finalmente a taça de campeão do Mundo, coroando uma carreira impressionante e não deixando dúvidas a quem escreve sobre estas coisas de que é o melhor do mundo. E Ronaldo?, questionarão alguns. Deixo esse debate para os especialistas. Nesta noite houve dois heróis: Mbappé e Messi. Obrigada a ambos pelo espectáculo!

SEGUNDA

Trump: as acusações de insurreição e 2024 em causa?

Obstrução a um procedimento oficial do Congresso - a certificação dos votos -, conspiração para defraudar os EUA, conspiração para prestar declarações falsas e insurreição, estes são os crimes de que, após um ano e meio de trabalho, a comissão da Câmara dos Representantes sobre o ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, quer ver o ex-presidente Donald Trump acusado. O painel de nove representantes votou de forma unânime pelo envio de indícios judiciais contra Trump ao Departamento de Justiça. Mesmo não sendo vinculativa a decisão, é mais uma má notícia para o ex-presidente, a braços com outros problemas judiciais, que viu agora os seus impostos divulgados e depois de há dias uma sondagem ter dado Ron DeSantis, o governador da Florida que foi a estrela das intercalares de novembro, à sua frente para as presidenciais de 2024. São cada vez mais os que levantam sérias dúvidas sobre o futuro político de Trump, mesmo dentro do Partido Republicano. Mas uma coisa Trump já provou: é muito bom a contornar obstáculos e destruir adversários. Voltará a fazê-lo?

TERÇA

Astérix ganha um novo "pai" - o argumentista Fabcaro

Em outubro de 1959 o mundo descobria a dupla de amigos Astérix e Obélix através do talento de René Goscinny e Albert Uderzo. Astérix, o Gaulês era a primeira aventura do irredutível gaulês que resiste aos romanos. Desde então, seguiram-se outros 39 álbuns, prova de um sucesso que conseguiu sobreviver mesmo à morte dos seus dois criadores originais. Primeiro foi Goscinny quem morreu de repente, de ataque cardíaco, quando estava a fazer um teste de esforço numa clínica, em 1977. Uderzo não desistiu e assumiu o argumento das aventuras seguintes, até que, em 2013, recuando na ideia de a série terminar com a sua morte, passa o testemunho ao desenhador Didier Conrad e ao argumentista Jean-Yves Ferri, que em 2019 contava numa entrevista como Uderzo, hoje com 92 anos, continua a dar a sua aprovação às novas aventuras do gaulês de bigode dourado. Ferri cede agora o lugar a Fabrice Caro. Estará a cargo de Fabcaro o argumento do 40.º álbum, a ser publicado a 26 de outubro de 2023. O título está no segredo dos deuses, mas uma coisa é certa: continuará a ter o selo de aprovação de Uderzo.

QUARTA

Zelensky leva medalha a Biden e recebe milhões e mísseis

Foi a primeira visita ao estrangeiro de Volodymyr Zelensky desde que, a 24 de fevereiro, a Rússia invadiu a Ucrânia. E para ser recebido na Casa Branca o presidente ucraniano escolheu a mesma indumentária que tem usado em todos os mais de 300 dias de guerra: calças e camisola caqui. Um traje de guerra para o ex-ator que se tornou no símbolo da resistência do povo ucraniano. Com ele, Zelensky levou uma medalha de mérito militar, que contou lhe ter sido entregue na véspera por um oficial ucraniano durante a sua visita à frente de combate em Bakhmut. Uma medalha para o líder do país que mais tem contribuído para o esforço de guerra ucraniano com dinheiro e armas. Num discurso empolgado diante das duas Câmaras do Congresso americano, Zelensky deixou outro presente: uma bandeira ucraniana, também trazida de Bakhmut, e voltou a pedir mais ajuda. Biden deve aprovar um novo pacote de 1800 milhões de dólares, incluindo mísseis Patriot para defesa aérea. O desfecho da guerra continua incerto, mas Biden mostrou a Zelensky que pode contar com os EUA.

QUINTA

O "governo mais extremo" de Israel traz Netanyahu de volta

Em Israel ainda era quarta-feira, mas em Lisboa foi já na madrugada desta quinta que Benjamin Netanyahu comunicou ao presidente Isaac Herzog ter chegado a acordo para formar governo após as quintas eleições em quatro anos. Um acordo alcançado meia hora antes do fim do prazo e que obrigou o homem que chefiou o governo de Israel durante 15 anos a fazer várias cedências. A começar pelo acordo que o Likud fez com o Poder Judaico, de Itamar Ben-Gvir, e que inclui, entre outros, o fim da proibição de candidaturas ao Knesset de pessoas condenadas por incitar ao racismo, bem como de partidos que não aceitam Israel como país judaico e democrático. Conhecido pelos comentários antiárabes, condenado no passado por racismo, Ben-Gvir vai assumir a pasta da Segurança Nacional. Já a Defesa, com competências sobre a Cisjordânia ocupada e a expansão dos colonatos, vai para Bezalel Smotrich, cujo Partido Sionista Religioso também é de extrema-direita. "O governo mais extremo na história de Israel", definiu o ainda primeiro-ministro Yair Lapid. Vamos ver se dura...

SEXTA

Natal gelado, com 70% dos EUA debaixo de neve

Milhares de voos cancelados, muitos outros atrasados, autoestradas encerradas... O cenário de neve que cobre 70% dos Estados Unidos pode parecer idílico para quem olha à distância para as fotografias ou para as imagens das televisões, mas está a causar o caos para milhões de americanos, que estavam a deslocar-se para passar o Natal com a família. Ao todo, são 240 milhões de pessoas que o National Weather Service, uma espécie de IPMA americano, colocou sob alerta de tempestade severa. Em algumas regiões os termómetros vão descer abaixo dos 27ºC negativos, com as autoridades a alertarem para o perigo de queimaduras devido ao frio, tudo isto agravado pelos ventos fortes. Um cenário que se repete de norte a sul, afetando mesmo os Estados menos habituados aos rigores do inverno, como, por exemplo, o Texas. Um Natal branco que para quem está preso no caos tem muito mais de pesadelo do que de sonho.

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