Violência continuava na Irlanda do Norte
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Violência continuava na Irlanda do Norte

Na Irlanda do Norte contavam-se os mortos, cinco anos após o conflito no Ulster. Um rapaz de 20 anos, católico, foi assassinado e tornou-se a milésima vítima, naquele país. Em Israel, Jitzhak Rabin sucedia a Golda Meir na cadeira de primeiro ministro do país.
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Na Irlanda do Norte a violência continuava a fazer mortos. Mais de mil mortos em cinco anos de violência, titulava o DN. Em destaque, junto a esta notícia: Cerca de quatro mil bombas destruíram oportunidades de trabalho num país onde a taxa de desemprego é alarmante.

Na notícia, dava-se conta de mais um assassinato. “O inspector Herbert Morris pegou num pedaço de giz e modificou os números num quadro instalado na sede da Polícia. ‘Agora já chegou aos quatro algarismos’, disse. ‘Pergunto-me até quantos mais’”.

No parágrafo seguinte, após as reflexões do inspetor da polícia, a descrição detalhada do crime. “ Pouco depois das 15 horas de sábado, James Corbett, um católico, de 20 anos, tornou-se na milésima vítima mortal da violência no Ulster. O seu corpo foi encontrado nos arredores da cidade, com duas balas na cara”, podia ler-se.

“Dois homens foram chamá-lo à modesta residência onde vivia e partiram com ele, numa pequena carrinha azul. Uma patrulha, a pé, do Exército britânico encontrava-se a poucos metros do local onde foi morto e atirado da carrinha para o chão. A Polícia não possui nenhum cadastro de Corbett nos seus arquivos, mas julga que foi vítima de uma acção perpetrada pelo I.R.A.”.


Adiante, faziam-se contas: “Os algarismos impessoais mostram que, desde Agosto de 1969, morreram 693 civis, 214 soldados, 43 milicianos e 50 polícias. Naquele período, 3957 bombas destruíram residências, escritórios, fábricas, bares e centros comerciais, sepultando nas suas ruínas oportunidades de trabalho tão necessárias num país onde a taxa de desemprego atinge, em algumas áreas, 47%”.


No Médio Oriente estava escolhido o novo primeiro ministro de Israel. Jithzak Rabin escolhido para sucede a Golda Meir, titulava o DN.


Do outro lado do Atlântico, no Brasil, era celebrado o Dia da Comunidade Luso-Brasileira. Houve um banquete na embaixada portuguesa e palavras do embaixador de Portugal no Brasil: “Nós, portugueses, cremos no homem, na liberdade e na paz”.


Dos Estados Unidos chegava uma “carta aberta” de um antigo combatente no Ultramar. “Estamos mantendo a paz e não fazendo a guerra”, titulava o jornal citando o militar, Euclides Delmar Alvares, residente na Califórnia. 

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