Universidade de Aveiro desenvolve novo cimento ósseo para fraturas nas vértebras

Os investigadores adicionaram estrôncio manganês e açúcar aos habituais ingredientes que formam o cimento, resultando numa melhoria do desempenho biológico do mesmo
Publicado a
Atualizado a

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um novo tipo de cimento ósseo com características que considera muito promissoras para a reparação de vértebras fraturadas, anunciou esta quinta-feira a instituição.

De acordo com informação avançada pela UA, os investigadores adicionaram, pela primeira vez, estrôncio, manganês e açúcar aos habituais ingredientes, o que resultou numa melhoria do desempenho biológico do cimento bem como das suas propriedades mecânicas.

Estes fatores tornam este cimento desenvolvido na UA "muito promissor para regeneração óssea e engenharia de tecidos e em particular na reparação de vértebras fraturadas" devido, por exemplo, à osteoporose ou a acidentes, referiu Paula Torres, investigadora do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC).

A investigadora desenvolveu este material inovador no âmbito do seu doutoramento em Ciência e Engenharia de Materiais na UA, que começou há cinco anos.

O trabalho contou com a colaboração de investigadores de outros departamentos da UA e de outras instituições nacionais e da Robert Mathys Stiftung Foundation, na Suíça.

Segundo a nota da UA, os resultados obtidos ao longo das várias fases do estudo culminaram na obtenção de um cimento com propriedades gerais muito promissoras.

"Com base nestes resultados, pode concluir-se que os objetivos inicialmente estabelecidos foram alcançados com um grau de satisfação relativamente elevado", congratula-se Paula Torres, adiantando que a próxima fase é levar o cimento para testes 'in vivo', isto é em animais.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt