Já são conhecidos os selecionados do Monitor, um projeto de mentoria dedicado a músicos emergentes, promovido pelo Teatro Aveirense/Câmara Municipal de Aveiro. Numa edição que contou com mais de 70 candidaturas, mais do dobro da anterior, em 2021, os escolhidos foram Dinis Mota (Aveiro), Nayr Faquirá (Cascais) e Bela Noia (Viseu)..A responsável pelo Monitor é Rafaela Ribas, manager, agente e sócia-gerente da agência aFirma, sendo que a gestão, organização e produção deste projeto está a cargo do Teatro Aveirense. O Monitor conta ainda com o contributo de 11 especialistas em várias áreas do setor cultural. .Esta iniciativa insere-se no Plano Estratégico para a Cultura 2019-2030 da Câmara Municipal de Aveiro, nomeadamente no seu Eixo 1 (Criação), e tem o selo do projeto Aveiro, Capital Portuguesa da Cultura 2024..José Pina, coordenador de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, explica, em entrevista ao DN, que esta edição do Monitor teve uma adesão expressiva. Mais do que duplicaram o número de candidaturas, tendo recebido propostas de todo o país, nos mais diversificados registos musicais. Foi, por isso, um “processo de seleção complexo”, com “as dificuldades inerentes a uma escolha muito seletiva”, da qual poderiam resultar apenas três projetos finalistas. .“Para que o processo fosse o mais igualitário possível, não privilegiando qualquer setor ou região do país, fizemos uma difusão muito assente nas redes sociais e na comunicação social, procurando chegar a todos de igual modo, não deixando de fazer chegar a informação a várias instituições de ensino na área da música”, explica José Pina. .“São artistas e autores com potencial de crescimento, que têm uma apresentação sólida ao vivo e traços de originalidade que lhes permitem vingar na indústria da música”, acrescenta. .E quais são os objetivos do acompanhamento, especialmente no apoio ao desenvolvimento de estratégias de crescimento da carreira dos artistas? “O acompanhamento vai passar por questões como a indústria musical em Portugal (players, contratos, remunerações), o marketing musical (tradicional e digital), a comunicação, a edição de discos, a marcação de concertos e tours, os direitos de autor/publishing,seguindo-se o apoio na definição de uma estratégia para todos esses níveis”, desenvolve o coordenador de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura. Os projetos finalistas terão direito a um concerto inserido na programação do Teatro Aveirense, no ano em que Aveiro é Capital Portuguesa da Cultura, sendo-lhes proporcionada uma atuação “com condições técnicas de primeiro plano e divulgação nacional”, sendo também convidados profissionais da indústria musical para estarem presentes nesta data e conhecerem os artistas, estabelecendo-se contactos que podem ser úteis no futuro. .Durante o ano de vigência do processo de mentoria a avaliação é, acima de tudo, correspondente “ao bom acompanhamento do plano pelos artistas”. É um trajeto com vários patamares, com métricas próprias, cujos resultados só poderão ser avaliados no final, quando os artistas implementarem uma estratégia que coloque na prática o conhecimento que adquiriram ao longo do ano e façam uso das ferramentas que lhes são proporcionadas através do disco, videoclipe ou fotografias promocionais, assim como a visibilidade que o concerto final lhes concede. “O Monitor é pensado para o futuro dos artistas e não tanto para resultados imediatos”, garante José Pina.