Sustentabilidade e Habitação: as reflexões para o 16.º Congresso dos Arquitetos

De 2 a 4 de março, a ilha de São Miguel vai receber convidados nacionais e internacionais de várias áreas. O futuro da profissão estará em análise.

O 16.º congresso dos Arquitetos vai pela primeira vez realizar-se nos Açores com a temática da sustentabilidade e também habitação entre 2 e 4 de março.

O presidente da Ordem dos Arquitetos, Gonçalo Byrne, considera o congresso, "um momento muito importante para a vida da ordem e sobretudo para uma espécie de reflexão de toda a atividade que importa a arquitetura e os arquitetos", referiu durante o pequeno-almoço com a imprensa.

Devido ao contexto atual da sociedade com uma crise e económica e climática, a Ordem dos Arquitetos sente que é necessário serem feitas adaptações no exercício da profissão. Este será o foco do congresso deste ano.

Os Açores foram escolhidos devido às várias regiões naturais certificadas e pela sua designação de arquipélago sustentável.

Pela primeira vez, o congresso abre as portas a convidados de outras áreas, desde a construção ao cinema. Durante os três dias do evento, irão decorrer atividades paralelas como um festival de cinema e atuações de artes performativas sobre o tema da sustentabilidade.

A Habitação e a Inclusão são outros dos focos do congresso, sendo a adaptação do património um tema em discussão.

"Temos um Plano Recuperação e Resiliência (PRR) com uma grande fatia ainda por executar, que ainda está a aquecer e há alguns problemas de implementação", explica o Conselho Diretivo Nacional da Ordem. "O problema é que o PRR tem um prazo que não é muito longo para cumprir, uma questão que é complexa e a Ordem já alertou para isso desde o início", acrescentou o presidente.

Para Gonçalo Byrne, o grande problema do PRR é o processo de construção e o tempo de execução. "Com a hiper-legislação que se foi acumulando, os procedimentos burocráticos são de tal maneira complexos que este prazo que normalmente é longo, onde tem de haver um projeto, um concurso e a obra e dura a três anos , mais toda esta híper legislação torna esse processo ainda mais logo".

No entanto, a Ordem dos Arquitetos afirma que está presente no processo do PRR e teve sempre uma posição.

Este ano, todo o congresso será também transmitido no canal da Ordem de forma a estar acessível a todos os interessados.

mariana.goncalves@dn.pt

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