Sindicatos dão 30 dias ao novo presidente da TAP para restabelecer as condições laborais

Os sindicatos que representam os funcionários da transportadora aérea defendem que os trabalhadores que foram dispensados através do despedimento coletivo devem ser reintegrados.
Publicado a
Atualizado a

Luís Rodrigues apenas vai tomar posse como presidente do Conselho de Administração (PCA) e presidente executivo (CEO) da TAP esta sexta-feira, mas quando chegar terá já à sua espera uma lista de exigências dos trabalhadores. E se as mesmas não forem atendidas nos próximos 30 dias, os sindicatos que os representam prometem demonstrar a "insatisfação pelo rumo que a empresa está a levar" através de "uma série de iniciativas".

Numa carta aberta, 13 estruturas sindicais frisam que "quem não se sente, não é filho de boa gente" e prometem luta se a TAP não restabelecer as condições laborais. "Não nos contentamos apenas com palavras. A nossa insatisfação pelo rumo que a empresa está a levar será visível através de uma série de iniciativas que iremos previamente comunicar nos próximos 30 dias", pode ler-se.

Os representantes dos trabalhadores garantem que, sem medidas, "não restará outra solução aos sindicatos senão assumir uma posição que, apesar de indesejável, é legítima, face à absoluta desproporcionalidade existente e que há muito deveria estar extinta".

Os sindicatos que representam os funcionários da transportadora aérea defendem que os trabalhadores que foram dispensados através do despedimento coletivo devem ser reintegrados.

"Os Sindicatos do Grupo TAP não podem continuar a compactuar com uma retórica baseada num Plano de Restruturação que os trabalhadores (e os contribuintes) não conhecem, e que há muito deixou de fazer sentido, seja pela realidade operacional que a TAP vive (recentemente confirmada pelos resultados apresentados), seja pelas projeções internacionais do setor da Aviação Comercial. Os Sindicatos do Grupo TAP exigem de imediato o fim dos ATE, o fim dos cortes e dos congelamentos salariais, a reversão das denúncias dos AE, bem como a reintegração dos trabalhadores alvo do Despedimento Coletivo", indica o documento.

No entanto, os 13 sindicatos desejam "os maiores sucessos" ao novo presidente da TAP, garantindo "total disponibilidade" para o diálogo, mas alertam que não "abdicam dos nossos princípios e da nossa dignidade enquanto trabalhadores do Grupo TAP".

"É o momento ideal para para acabar com matrizes ideológicas e gestão algorítmica de má memória para todos, que apenas serviram para estrangular a vida dos trabalhadores do Grupo TAP", referem.

A carta aberta é assinada por Sindicato dos Economistas, Sindicato dos Engenheiros, Sindicato da Indústria Aeronáutica, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins, Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil, Sindicato dos trabalhadores da Aviação e Aeroportos, Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, Sindicato dos Engenheiros, Engenheiros Técnicos e Arquitetos, Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial, Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos e Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt