Unidade vai funcionar no aeroporto de Lisboa, onde já existe a Unidade Orgânica de Segurança Aeroportuária e Controlo de Fronteiras.
Unidade vai funcionar no aeroporto de Lisboa, onde já existe a Unidade Orgânica de Segurança Aeroportuária e Controlo de Fronteiras.Leonardo Negrão / Global Imagens

Sindicato da PSP critica "pressões" da ANA para facilitar controlo no Aeroporto de Lisboa

A ASPP/PSP alertou que “os polícias de serviço nas fronteiras encontram-se exaustos”, porque nunca se registou um volume tão elevado de passageiros.
Publicado a
Atualizado a

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu este sábado, 5 de julho, ao Governo que não ceda a alegadas pressões da ANA -Aeroportos para facilitar o controlo fronteiriço em Lisboa com o objetivo de diminuir os tempos de espera.

Numa nota, a ASPP/PSP refere ter conhecimento de que a ANA - Aeroportos de Portugal “tem exercido pressão sobre a Polícia de Segurança Pública e o Governo para atenuar os controlos na fronteira de Lisboa, isto numa tentativa clara de diminuir os tempos de espera”.

O sindicato da PSP considerou “incompreensível e intolerável que o Governo” ceda aos interesses de uma empresa privada “cujo único propósito é aumentar os seus lucros”, numa altura em que o Executivo definiu o controlo da imigração como uma das suas prioridades.

Segundo a ASPP/PSP, é “tecnicamente impossível” assegurar o nível de segurança e controlo exigido pelo Regulamento de Schengen e, simultaneamente, acelerar o fluxo de viajantes no Aeroporto de Lisboa “sem colocar em causa toda a comunidade europeia”.

A ASPP/PSP subscreve as recentes declarações do homólogo espanhol: “Enquanto a Aena [operadora dos aeroportos em Espanha] procura benefícios, nós encarregamo-nos do mais importante – garantir a segurança e cumprir os compromissos estabelecidos no regulamento europeu. Bastaria substituir ‘Aena’ por ‘ANA’ para vermos o mesmo conflito de interesses no aeroporto de Lisboa.

A entidade sindical alertou que “os polícias de serviço nas fronteiras encontram-se exaustos”, porque nunca se registou um volume tão elevado de passageiros, que continua com a tendência de aumento.

“Todos os dias à ASPP/PSP chegam denúncias/pedidos de ajuda de polícias em desespero. E não apenas de associados”, disse, destacando que, “mesmo assim, continua-se com a estratégia de atrair mais passageiros para uma infraestrutura já saturada”.

A ASPP/PSP afirmou que “falta reconhecimento e falta compensação financeira” a estes agentes e salientou que “tudo fará para que um operador privado não interfira nos serviços públicos essenciais, sobretudo na salvaguarda da segurança nacional e do Espaço Schengen”.

Unidade vai funcionar no aeroporto de Lisboa, onde já existe a Unidade Orgânica de Segurança Aeroportuária e Controlo de Fronteiras.
SSI indica que sistemas de controlo fronteiriço nos aeroportos precisam de tempo de adaptação

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt