Quando o telemóvel faz comida saudável
Como pessoa que (literalmente) mal sabe fritar um ovo, nunca pensei ficar tão entusiasmo com um gadget de cozinha. Mas o certo é que desde que comprámos lá para casa a fritadeira Xiaomi Smart Air Fryer 6,5 L que até - quase... - comecei a cozinhar (daí excecionalmente escrever este teste na primeira pessoa).
E porque a máquina partilha parcialmente o software com os novos telemóveis da marca, faz sentido escrever acerca desta no mesmo dia em que faço a review do Xiaomi 14, já que usei a semana que o tive em casa para teste para pôr à prova a comunicação dos dois aparelhos.
À primeira vista, a Xiaomi Smart Air Fryer não é mais do que uma “fritadeira a ar” como tantas outras que se encontram no mercado - basicamente um forno de convecção, capaz de cozinhar alimentos com o mínimo de gordura (na realidade assa-os através de vento quente - neste caso, até 220º), dando-lhes uma textura estaladiça que parece fritura.
Totalmente afastado que está o mito, infelizmente criado há alguns anos, de que a comida aqui confecionada seria cancerígena (cheguei a escrever no DN sobre o assunto), certo é que esta é uma forma saudável de preparar refeições. E com esta nova Air Fryer, de potência até 1800 watts, é tudo extremamente rápido.
Esta é, aliás, uma das vantagens desta versão revista da Air Fryer da Xiaomi - que custa 120 euros (100 se comprar junto com um telemóvel) - relativamente ao modelo anterior da marca chinesa: “frita” meio quilo de batatas em apenas 18 minutos.
Mas o que me agrada mesmo é a parte smart. A coisa liga-se ao wi-fi e, por consequência, controla-se pelo telemóvel - e pela voz, via Google Assistant (infelizmente, não tem suporte para Alexa...).
Isto é muito útil em três cenários:
Deixar tudo pronto antes de sair de casa e, no trabalho, pôr a comida a fazer para que, ao chegar, ter o jantar pronto e quente (em modo de “manter quente” automático) - algo que nunca usei e duvido muito que o faça;
Utilizar as mais de 100 receitas disponíveis através da app da Xiaomi para confecionar os alimentos, que não apenas dão ideias do que fazer, como vão das mais complexas às mais simples e permitem ativar a máquina com um toque no telefone;
Programar toda a máquina no smartphone, incluindo “dizer-lhe”, por exemplo, quantos gramas de batatas se está a fritar para que ele automaticamente programe o tempo de confeção - basicamente, a única coisa que eu próprio já fiz, além da função de descongelamento, que também funciona muito bem, posso dizer.
A continuar assim, qualquer dia ainda dou em chef!