PSP identifica quatro jovens por rixa junto a escola na Amadora
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada na quinta-feira por uma escola na Amadora, no distrito de Lisboa, que alertou para uma rixa entre jovens, tendo identificado quatro pessoas, disse esta sexta-feira fonte policial.
Segundo contou à Lusa o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, comissário Artur Serafim, a direção da Escola Secundária Seomara da Costa Primo alertou para "uma desordem envolvendo armas brancas".
A presença de armas foi confirmada através do sistema de videovigilância que existe no concelho da Amadora, mas, quando a PSP chegou ao local, a situação reportada já tinha terminado e, feitas buscas nas imediações, não foi intercetado nenhum dos cinco jovens referidos pela escola.
De seguida, a escola comunicou que alguns jovens em causa tinham regressado ao estabelecimento de ensino e foi nessa altura que a PSP identificou quatro pessoas, com 18 e 19 anos, alguns deles alunos, por "participação em rixa", relatou a mesma fonte, precisando que esta opunha "grupos juvenis rivais".
Apesar de não terem sido apreendidas quaisquer armas, um deles confessou que estava na posse de uma faca, que deitou no lixo, mas que não foi encontrada pela PSP, referiu o porta-voz.
A PSP não tem indicação de quaisquer feridos ou de outro tipo de danos.
A identificação dos jovens foi comunicada ao Tribunal de Família e Menores.
O comissário Artur Serafim recordou que este e outros estabelecimentos de ensino são acompanhadas pelo programa Escola Segura.
Escola abriu um inquérito
A Escola Secundária Seomara da Costa Primo já abriu um inquérito interno para apurar o eventual envolvimento de estudantes na rixa.
Rui Fontinha, diretor do Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, disse à Lusa que o incidente ocorreu "debaixo de um viaduto, a 150 metros" da escola, de onde nem era possível visualizar o que estava a acontecer.
Segundo relatou, o estabelecimento de ensino vem à baila do caso porque foi invadido por jovens que ali não estudam e que, "em fuga", saltaram os torniquetes.
"Há um grupo que vem a perseguir outro grupo e corre na direção da escola. Eram 10 a fugir, seis entraram, três saltaram os torniquetes e três passaram com cartão", o que quer dizer que estudam no estabelecimento, contou Rui Fontinha.
Nessa altura, e como estabelece o plano de segurança da escola em caso de entrada ilegal, os portões foram fechados e a direção chamou de imediato a PSP, que, segundo Rui Fontinha, chegou em poucos minutos.