Mau tempo fustiga Norte com dezenas de inundações e quedas de árvores
A Proteção Civil registou, entre as 00:00 e as 16:00 deste domingo, um total de 246 ocorrências associadas ao mau tempo em Portugal continental, sobretudo na região Norte, em particular na Área Metropolitana do Porto.
Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse à agência Lusa que não há registo de vítimas, nem de danos materiais consideráveis, referindo que a generalidade dos distritos de Portugal continental se mantém sob aviso amarelo emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) devido à "precipitação, por vezes forte, que pode ser acompanhada de trovoada".
Das 246 ocorrências registadas, a maioria é relativa a inundações, com 91 situações, seguindo-se quedas de árvores (57), limpeza das vias (54), movimentos de massa (27), e queda de estruturas (17), segundo dados da Proteção Civil.
De acordo com a ANEPC, o Norte foi a região mais afetada, com 126 ocorrências, sobretudo na Área Metropolitana do Porto, existindo também registo de situações na região Centro (56), em Lisboa e Vale do Tejo (44), no Alentejo (14), e no Algarve (6).
Estas 246 ocorrências associadas ao mau tempo em Portugal continental mobilizaram 867 operacionais e 348 meios terrestres, informou fonte da Proteção Civil.
Em Aveiro, uma parte da muralha do Castelo de Santa Maria da Feira, que se encontrava em obras de consolidação, ruiu durante a madrugada deste domingo devido ao mau tempo, revelou o presidente daquela autarquia.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, esclareceu que a derrocada ocorreu durante a madrugada, "muito provavelmente pelo excesso de chuva".
Os destroços da muralha ficaram circunscritos ao perímetro das obras de consolidação e reabilitação que "estavam prestes a terminar" naquela zona do castelo, depois de terem sido identificadas fissuras na muralha.
Os técnicos e responsáveis pelo projeto de consolidação, a cargo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), estão, neste momento, no local a determinar as causas da derrocada, que abrange "um troço com 20 a 30 metros".
À Lusa, o presidente da câmara esclareceu que o alerta foi dado pelo guarda do castelo ao início desta manhã.
Contactado pela Lusa, o Comando Sub-Regional da Área Metropolitana do Porto adiantou que durante a madrugada não foram ativados meios para o local.
Recorde-se que a Proteção Civil decidiu elevar, até ao final de domingo, o estado de prontidão dos meios para o nível laranja em 16 sub-regiões da entidade, com especial incidência no Norte, no Centro e em Lisboa e Vale do Tejo do continente.
Em causa está a depressão Celine, associada a uma superfície frontal fria, que afeta Portugal continental desde a tarde de sábado, com precipitação persistente, por vezes forte e acompanhada de trovoada, principalmente no Minho e Douro Litoral, informou o IPMA.
atualizado às 17.50