Portugueses detidos em Espanha libertados após pagamento de caução

Tribunal aceitou recurso apresentado pelo advogado
Publicado a
Atualizado a

Os dois jovens portugueses detidos em Espanha por suspeita de violação de duas jovens em Gijón saem esta sexta-feira da prisão e vão aguardar julgamento em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de cinco mil euros.

Prevê-se que abandonem ainda esta sexta-feira a prisão.

O Tribunal Provincial das Astúrias aceitou o recurso apresentado pelo advogado de defesa dos portugueses e autorizou a sua libertação.

"O juiz deu razão ao recurso à decisão de prisão preventiva que apresentámos", disse à agência Lusa Germán Inclán, que está à porta da prisão em que estão presos acompanhado por vários familiares dos detidos.

Os dois jovens podem agora regressar a casa, a Braga, onde se encontram os outros dois arguidos neste caso, libertados anteriormente. O passaporte foi-lhes retirado e não se poderão aproximar das vítimas.

Quatro portugueses foram detidos a 24 de julho por suposta violação múltipla e abusos sexuais a duas mulheres de 22 e 23 anos, numa pensão em Gijón, no norte de Espanha.

As duas mulheres, uma asturiana e outra basca, apresentaram nesse dia queixa às autoridades, tendo relatado que tinham encontrado um homem num bar e que o acompanharam à pensão onde estava hospedado para um encontro sexual.

Segundo o relato das duas mulheres, pelo caminho, apanharam um segundo homem e, ao chegar à pensão, estavam lá outros dois. Os quatro, na sua versão dos acontecimentos, obrigaram-nas a manter relações sexuais com todos eles.

Dois dias depois, foi decretada a prisão preventiva, sem direito a fiança, a dois dos quatro portugueses, estes que agora conseguiram ser libertados. Para os outros dois portugueses "foi emitida uma ordem de libertação provisória", com uma medida cautelar que restringe e proíbe qualquer comunicação com as duas mulheres que apresentaram queixa.

Os suspeitos, com idades entre os 20 e os 30 anos, declararam-se inocentes e negaram os atos pelos quais foram acusados, assegurando que as relações com as jovens espanholas foram consentidas e que não usaram de força ou violência.

Segundo o advogado dos portugueses, não existem lesões nas raparigas que comprovem a existência de violação. E por isso, avança German-Rámon Inclán Méndez, as raparigas não estão a dizer a verdade e o sexo foi consentido.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt