Pizarro anuncia sistema alternado nas urgências e mais 28 centros de saúde em 2023
Criação de novos centros de saúde vai permitir que mais cerca de 30 mil pessoas passem a ter médico de família.
O ministro da Saúde anunciou esta terça-feira, no Jornal da Noite da SIC, que o sistema alternado nas urgências, que vigorou no fim de semana do Natal, vai ser mantido no primeiro trimestre do próximo ano em algumas regiões.
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As grávidas poderão saber quais os hospitais que se encontram abertos através da linha de Saúde 24, do 112 ou no portal do Ministério da Saúde.
Essa medida pretende combater o "problema crónico" nas urgências, problema esse que não tem como culpados os utentes mas sim quem não criou um sistema de saúde "fácil e com alternativas".
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Manuel Pizarro defende o prolongamento dos horários dos centros de saúde e maior facilidade de marcação de consultas, mas também apela à colaboração dos utentes, para que recorram primeiro à linha SNS 24 e aos centros de saúde em vez de se dirigirem às urgências.
"Desse ponto de vista, a abertura de centros de saúde, e com horários mais alargados, parece-nos essencial. Como também o é, que as pessoas, quando uma doença não é grave, recorram à linha de saúde 24 e aos centros de saúde", afirmou.
Outra revelação do ministro é a criação de mais 28 Unidades de Saúde Familiares (USF) de modelo B, cuja remuneração está associada ao desempenho. A maioria destes novos centros de saúde estará na região de Lisboa e Vale do Tejo. A medida vai ainda permitir que mais cerca de 30 mil pessoas passem a ter médico de família.
Sobre o fecho das maternidades, Pizarro referiu que se realizaram 368 partos no primeiro fim de semana de constrangimento em algumas unidades e "todo o sistema funcionou plenamente e de forma organizada", tal como havia pedido.
O governante quer ainda tornar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais atrativo e, por isso, prometeu uma aposta nas carreiras profissionais.
O ministro desvalorizou ainda o crescente número de casos de covid-19 na China e afasta uma nova variante do vírus, assegurando que Portugal está "verdadeiramente" protegido.