Pilotos da TAP convocam greve para a Páscoa
Em causa, o acordo de empresa que a companhia aérea diz que já não está em vigor.
Os pilotos aprovaram esta quinta-feira uma greve na Páscoa, entre 07 e 10 abril, para pressionar o Governo a ratificar o acordo assinado com a TAP, que repõe condições laborais retiradas em 2021, anunciou o sindicato dos pilotos (SPAC).
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Agreve foi aprovada esta noite numa assembleia de pilotos, uma vez que "a tutela não está a comprometer-se a assegurar este acordo com a nova gestão" da TAP, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), referindo-se à saída da atual CEO da TAP, no final deste mês, e a entrada do novo presidente executivo, Luís Rodrigues, depois de meados de abril.
"Até o Governo ratificar a proposta mantemos a greve", precisou fonte da direção do SPAc, insistindo que "falta a tutela aprovar" a proposta acordada entre a TAP, cuja presidência vai mudar, e o SPAC.
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O acordado entre a TAP e o sindicato assegura uma "reposição de condições de trabalho retiradas no acordo de 2022", precisou.
A administração de Christine Ourmières-Widener foi demitida pelo governo, mas nas próximas semanas o atual CEO da SATA, Luís Rodrigues, será nomeado presidente-executivo da TAP.
A TAP encerrou 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, mais 1.664,7 milhões de euros do que no ano anterior, informou a transportadora aérea, em comunicado.
O plano de reestruturação da TAP, aprovado pela Comissão Europeia no final de 2021, previa que a companhia começasse a registar lucro em 2025 e obtivesse um resultado operacional positivo em 2023, algo que a empresa atingiu no primeiro semestre de 2022.