Patriarcado diz que Marcelo sabia dos custos do palco. PR nega ter sido informado
O Presidente da República terá respondido que só soube "informalmente", através dos jornalistas, dos custos associados às obras do palco que vai custar 4,2 milhões de euros (sem IVA) aos contribuintes.
O Patriarcado de Lisboa garantiu esta quinta-feira à SIC Notícias que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sabia dos custos avultados (4,2 milhões de euros) do palco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e explicou que todas as decisões sobre o evento são tomadas por várias entidades, entre elas as autarquias de Lisboa e Loures e a fundação que organiza o evento.
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A Igreja afirma ainda que nunca impôs condições e características para o palco-altar, segundo avança a SIC Notícias. O Patriarcado afasta responsabilidades e refere que apenas pediu um palco com condições para receber o Papa, sem que impusesse quaisquer condições e características.
Ainda de acordo com aquela estação de televisão, Marcelo respondeu garantindo que não foi informado pelo Patriarcado e que só soube "informalmente", através dos jornalistas, dos custos associados às obras do palco que vai custar 4,2 milhões de euros (sem IVA) aos contribuintes. E acrescentou mesmo que não foi informado pelo Patriarcado.
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Recorde-se que ainda esta quinta-feira de manhã, em declarações no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo disse esperar que as cerimónias da Jornada Mundial da Juventude em Portugal respeitem o período atual e a "visão simples, pobre, não triunfalista" do Papa Francisco.
"Ele próprio é o exemplo de uma forma de ser e de pensar que, mesmo que não estivéssemos em guerra e mesmo que não estivéssemos na situação social em que nos encontramos, convida à simplicidade", defendeu o Presidente da República.
Interrogado sobre se a Igreja Católica Portuguesa já devia ter prestado esclarecimentos sobre esta matéria, o chefe de Estado remeteu essa responsabilidade para todos os envolvidos na organização da Jornada Mundial da Juventude: autarquias, Estado e Igreja Católica.
"Eu acho que os três, em tempo oportuno, darão certamente esclarecimentos", disse.