Lisboa é a cidade do país onde mais se nasce. Este ano, já registou 19 457 bebés.
Lisboa é a cidade do país onde mais se nasce. Este ano, já registou 19 457 bebés.Leonardo Negrão

Nasceram menos 430 bebés até final de setembro

Terceiro trimestre trouxe alguma recuperação, mas número de recém-nascidos continua abaixo do nível registado em 2023.
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O mês de janeiro de 2024 foi aquele que mais nascimentos registou este ano, até agora (7683), ultrapassando os de igual período em 2023 (7649). O mês de fevereiro deixava também alguma esperança, já que o número de recém-nascidos - segundo os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), através da  realização do teste do pezinho, entre o primeiro e o sétimo dia de nascimento - era de 6651, mais 31 do que no mesmo mês do ano passado. Mas esta esperança desvaneceu-se logo no mês seguinte, em março, quando os nascimentos se mantiveram na ordem dos seis milhares (6241), abaixo dos 7196 registados no mesmo mês de 2023. E Portugal chegou ao fim dos primeiros nove meses deste ano com menos 430 recém-nascidos do que no ano anterior.

Desde março, a descida foi uma constante nos meses que se seguiram, à exceção de julho - que este ano registou 7460 nascimentos, face a 7034 de 2023 - e de setembro - 7225 bebés este ano, 7170 em 2023 -, o que fez com que o terceiro trimestre do ano tivesse terminado com um saldo positivo de 88 bebés face ao do ano passado.

No primeiro trimestre, no entanto, o saldo foi bastante negativo, com menos  490 nascimentos, para um total de 20 575, face aos 21 065 de 2023. No segundo trimestre, 2024 e 2023 ficaram separados apenas por 28 nascimentos: 20 737 no ano passado; 20 709 neste ano. Resultado: nos primeiros nove meses de 2024 há menos 430 recém-nascidos.

Ao todo, foram registados 63 237 recém-nascidos, no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), e, no ano passado, foram mais 430 (63 667). Fica a dúvida se será possível ultrapassar o total do ano passado, 85 764, o melhor resultado desde 2020, em que, em plena pandemia, se alcançou os 85 456 bebés.

Quanto às regiões onde mais se nasce, não há diferenças a registar nos últimos anos. Lisboa aparece em 1.º lugar, com 19 457 nascimentos até ao final de setembro, e o Porto em 2.º, com 11 121, embora no mesmo período do ano passado tenham nascido menos crianças em Lisboa (19 154) e no Porto tenham nascido mais (11 439).

Este ano, Setúbal segue em 3.º lugar, com 5147 nascimentos, Braga em 4.º, com 4694, Faro em 5.º, com 3251, e depois Aveiro, com 2695. No final da tabela, também não há mudanças, Bragança continua a ser o distrito com menos nascimentos, 362, seguido de Portalegre, com 401, e Guarda, com 528.

Os dados dizem respeito ao número de recém-nascidos estudados no âmbito do PNRN, coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, e representam quase a totalidade dos nascimentos.

Através deste programa e do teste do pezinho é possível identificar à nascença casos de doenças raras. No ano passado, foram identificados 150, entre os 85 764 bebés estudados, dos quais 54 diziam respeito a doenças hereditárias do metabolismo, 50 de hipotiroidismo congénito, seis de fibrose quística, 34 de drepanocitose e seis de atrofia muscular espinal.

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