O número de jovens condutores mortos nas estradas portuguesas aumentou 48% entre 2022 e 2024. Só no último ano, morreram 86 condutores entre os 15 e os 29 anos, contra 58 registados em 2022. Trata-se de um dos aumentos mais significativos registados nos últimos anos, e levou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) a reforçar o foco na prevenção junto deste grupo etário.“É um dado profundamente alarmante, que exige uma resposta urgente e determinada de toda a sociedade”, sublinha o presidente da ANSR, superintendente chefe Pedro Clemente. “Cada acidente com vítimas representa uma perda irreparável. São vidas interrompidas, sonhos desfeitos, marcas físicas e emocionais que perduram. A estrada tem de ser um espaço de vida, não de morte. É por isso que a segurança rodoviária e a redução da sinistralidade são uma prioridade absoluta do Governo”, afirma o responsável.“Nesse esforço, os jovens merecem atenção especial. São o grupo com maior vitimação, em especial os condutores de duas rodas. Estamos a desenvolver campanhas específicas e medidas disruptivas, com foco na prevenção e na proximidade”, acrescenta Pedro Clemente. “ Vamos estar presentes em muitos locais onde os jovens estão, como concertos, e desenvolver parcerias com muitas entidades. Vamos estar, por exemplo, no NOS Alive. Estamos a tentar inovar. Não nos conformamos com a situação e estamos a desenvolver planos específicos para este público”, afirmou ainda ao DN o superintendente chefe Pedro Clemente.O responsável sublinha que, além da atuação sobre os comportamentos, será necessário reforçar os meios de fiscalização e a interoperabilidade de dados entre entidades, num esforço nacional para inverter uma trajetória preocupante.“Portugal continua a apresentar níveis de sinistralidade rodoviária demasiado elevados face à média europeia. Neste contexto, o Programa do Governo estabelece como meta muito clara a redução da sinistralidade, no sentido de inverter uma trajetória em que não temos conseguido obter reduções sustentadas”, afirmou.Só em 2024, os condutores dos 15 aos 29 anos representaram 27% do total de vítimas mortais e feridos graves. No mesmo período, o número total de condutores mortos passou de 317 em 2022 para 347 em 2024 — um aumento de cerca de 9,5%. Já entre os jovens condutores, o crescimento foi muito mais acentuado (48%), com mais 28 mortes em dois anos.. Está atualmente em desenvolvimento uma nova Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, prevista no Programa do Governo, com o objetivo de reduzir em 50% o número de mortos e feridos graves até 2030. A ANSR garante que está a “fazer tudo para combater esse fenómeno”, defendendo uma abordagem assente em “consciência cívica e responsabilidade partilhada”.“A nossa visão é que a estrada deve ser um espaço de vida, não de morte. A segurança rodoviária e a redução dos índices de sinistralidade são uma prioridade absoluta do Governo”, conclui Pedro Clemente..Morreu Diogo Jota. Foi aconselhado a não viajar de avião devido a cirurgia. Funeral será no sábado .Portugal continua a ser o país da Europa com mais insegurança rodoviária