Marcelo: "É um ato isolado, com motivações psicológicas. É injusto generalizar"

Presidente da República diz que ataque foi "uma coisa tão específica que não há conclusões genéricas a tirar".

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esta terça-feira, à saída do Centro Ismaili, em Lisboa, que o ataque à faca que matou duas pessoas naquele local foi um "ato isolado".

"É prematuro tirar conclusões, mas é claro que é um ato isolado, com motivações psicológicas de uma determinada pessoa com um determinado quadro pessoal e familiar", afirmou o Presidente da República, que foi ao centro apresentar as "condolências do Estado Português".

"Aquilo que é contado por quem de perto tudo acompanhou, é uma pessoa que era habituada e que convivia habitualmente no Centro Ismaelita. É uma pessoa que beneficiava de apoio desta comunidade e que ainda há três, quatro dias esteve cá. Há pessoas que na vida, num determinado contexto, reagem de determinada maneira, mas não há nada que justifique este ato criminoso", acrescentou o chefe de Estado, que revelou ter falado com familiares das vítimas. "Estamos solidários com as famílias, que estão a sofrer muito", frisou.

Marcelo destacou a intervenção da polícia, que "impediu mais vítimas mortais", e pediu aos portugueses para fazerem generalizações. "Sendo um ato isolado e tendo atingido uma comunidade muito pacífica que é a comunidade ismaelita, esperamos que esta comunidade continue a ser tão generosa com portugueses e não portugueses e a prestar um serviço tão importante. Espero que os portugueses não façam generalizações", afirmou.

O Presidente da República não acredita que este ataque abra um debate sobre a imigração. "É uma coisa tão específica que não há conclusões genéricas a tirar", vincou.

Duas mulheres foram esta terça-feira mortas no Centro Ismaili, em Lisboa, num ataque com uma arma branca por um homem que foi detido e que está hospitalizado após sido baleado pela polícia.

O ataque - cuja motivação é ainda desconhecida - fez mais um ferido, e foi condenado pelas mais altas figuras do Estado e pelos vários partidos.

A Comunidade Muçulmana Ismaili em Portugal é constituída por cerca de 8000 pessoas, que seguem os preceitos de um dos ramos xiitas do Islão. O Islão é uma das principais religiões monoteístas, cujos fiéis constituem um quarto da população mundial.

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