Cerca de 20 mil elementos da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana participaram esta quarta-feira, no Porto, numa manifestação da plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR. Os números de adesão foram avançados à Lusa pela organização do protesto, que disse ser o maior de sempre das forças de segurança..A marcha começou junto ao Comando Metropolitano do Porto da PSP, no largo 1.º de Dezembro, às 16.30 horas, seguindo depois pela rua Duque de Loulé em direção à Praça da Batalha. O destino final foi a Avenida dos Aliados, onde após as 20.00, os manifestantes desmobilizaram..Além dos agentes da PSP e dos militares da GNR, também os guardas prisionais se fizeram representar, que trajando de negro, tinham a palavra “Abandonados” escrita nas camisolas. Foi também a primeira vez que os oficiais da GNR se juntaram a uma manifestação..Os elementos das forças de segurança reivindicam o pagamento de um suplemento de missão equivalente ao existente na Polícia Judiciária (PJ), exigindo também a valorização das carreiras e um “vencimento condigno”..Antes do protesto, Bruno Pereira, líder da plataforma que junta as associações sindicais do setor e presidente do Sindicato Nacional dos Oficias de Polícia (SNOP), dizia acreditar numa “adesão tremenda e massiva de muitos milhares de polícias”..Estes protestos têm-se multiplicado há mais de três semanas, depois de um agente da PSP se ter manifestado junto à Assembleia da República, numa onda que depois se alargou a todo o país. Entretanto, este agente já criticou os protestos: “Tirando o dia 24 de janeiro [quando os polícias se manifestaram em Lisboa] nunca cá puseram os pés.”.Há uma semana, Lisboa foi também palco de uma marcha com uma forte adesão, que encheu as ruas da cidade. O presidente do SNOP já garantiu entretanto que os profissionais das forças de segurança não irão “desmobilizar até ter uma resposta do Governo consentânea” com aquilo que exigem.